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Quem são os matadores em crime que motivou prisão de Rogério de Andrade

Contraventor Rogério de Andrade é preso no Rio de Janeiro Imagem: SBT Rio/Reprodução de vídeo

Do UOL, em São Paulo

29/10/2024 12h37

Sete suspeitos se tornaram réus por envolvimento no assassinato que motivou a prisão hoje do bicheiro Rogério de Andrade no Rio de Janeiro. Quatro deles são apontados como os atiradores, flagrados por câmera de vigilância próximo ao local do crime.

Rodrigo, o PM da ativa

Rodrigo Silva das Neves era PM quando se envolveu no crime, segundo a investigação Imagem: Reprodução

PM da ativa é apontado como um dos atiradores. Rodrigo Silva das Neves era cabo da corporação há sete anos na época do crime, que ocorreu em novembro de 2020 em um heliporto na zona oeste do Rio. O também contraventor Fernando Iggnacio Miranda foi atingido por ao menos cinco tiros de fuzil AK 47 a uma distância de 5 m, segundo a investigação. Os atiradores estavam em cima de um muro.

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Polícia rastreou um trajeto de 40 km na fuga após o assassinato de Fernando Iggnacio, que era genro de Castor de Andrade. Os atiradores buscaram refúgio em um condomínio residencial em Campo Grande, onde morava Rodrigo.

Agentes encontraram fuzis usados no crime na casa de Rodrigo com uma espécie de camuflagem com grama. Ele acabou sendo preso em janeiro de 2021 em uma pousada no interior da Bahia.

Fernando Iggnacio era genro de Castor de Andrade e travava uma disputa com Rogério de Andrade pelo controle do jogo do bicho há mais de duas décadas. A briga teve início após a morte de Castor em 1997. Segundo investigações da Polícia Federal, mais de 50 assassinatos até 2007 são atribuídos à guerra da contravenção.

Câmeras de segurança obtidas pela TV Globo mostraram os quatro suspeitos de assassinar o contraventor Imagem: Reprodução/TV Globo

Matador de aluguel e 'irmãos PMs'

Rodrigo, Otto, Pedro e Ygor, o Farofa, figuraram em cartaz do Disque-Denúncia Imagem: Reprodução/Twitter/Portal dos Procurados

Matador de aluguel envolvido no crime foi encontrado morto. Suspeito de integrar um grupo de matadores de aluguel, Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa, também era investigado por envolvimento em assassinados entre 2015 e 2021. Era era considerado foragido da Justiça quando foi encontrado morto na zona oeste do Rio. Com ele, agentes encontraram uma carteira falsa da Polícia Civil.

Irmãos com passagens pelas PMs do Rio e SP. Otto Samuel Andrade Silva Cordeiro era soldado da corporação de São Paulo na época do crime e acabou sendo excluído em meio às investigações sobre o assassinato. Já Pedro Emanuel Cordeiro era ex-PM no Rio.

Otto acabou sendo preso em fevereiro de 2023 em Santa Terezinha de Itaipu, no interior paranaense. Já Pedro segue foragido. Ele também é investigado pelo assassinato do taxista Carlos Paredes Dias Neto, morto a tiros em abril de 2015 após uma briga em uma festa em Realengo, zona oeste carioca.

Câmeras de segurança obtidas pela TV Globo mostraram os quatro suspeitos de assassinar Fernando Iggnacio Imagem: Reprodução/TV Globo

Os outros envolvidos no crime

A operação de hoje do MP também prendeu Gilmar Eneas Lisboa. Segundo a investigação, ele foi o responsável pelo monitoramento da vítima, auxiliando Rogério de Andrade a arquitetar o crime.

Rogério de Andrade e Gilmar Eneas foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado. Esta não é a primeira denúncia feita pelo MP contra o bicheiro, que teve ação penal trancada pelo Supremo Tribunal Federal em 2022 por "falta de provas que demonstrem seu envolvimento com o crime".

O UOL não encontrou a defesa dos presos até o momento. Em abril, o advogado de Andrade, André Callegari, formalizou o abandono da defesa dele.

Também suspeito de arquitetar o crime, Márcio Araújo de Souza ficou preso até outubro de 2023, quando foi solto por decisão do STF. Chefe de segurança de Rogério de Andrade, o sargento reformado é acusado de ter contratado, a mando do contraventor, os atiradores que assassinaram Fernando Iggnacio.

Dois meses após ser solto, Márcio foi vítima de um atentado. Câmeras de segurança registraram homens armados de capuz entrando no condomínio onde ele morava na Ilha de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Em seguida, abriram fogo na direção da casa dele. O PM reformado, que estava com a esposa e o filho, se abrigou em um dos quartos. Ninguém se feriu.

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