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Área de ginásio do Ibirapuera é tombada e frustra projeto de prédio militar

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) decidiu nesta terça-feira pelo tombamento definitivo do ginásio do Ibirapuera e das áreas em seu entorno, frustrando projeto do Exército de construção de um prédio para moradia de profissionais do novo Colégio Militar na zona sul de São Paulo.

O que aconteceu

Iphan voltou atrás após flexibilizar as regras de proteção que abrangia toda a extensão do lote. A decisão foi tomada após a Associação de Moradores da Vila Mariana solicitar a retomada do tombamento total do terreno, incluindo a área onde os militares projetavam a construção do edifício.

Cabe recurso. Exército terá um prazo de 15 dias para recorrer. Caso isso ocorra, ação voltará a ser analisada pelo conselho do Iphan.

Paralelamente ao processo no instituto, houve uma ação na Secretaria Municipal de Urbanismo de São Paulo para tratar do tema. A ação ficou suspensa por sete meses, e voltou à pauta em outubro deste ano, quatro dias após o primeiro turno das eleições municipais, com resultado favorável ao Exército. Mas decisão do Iphan pelo tombamento total foi soberana.

Projeto do Exército previa a construção de um prédio de 13 andares ao lado do ginásio do Ibirapuera em obra de R$ 59 milhões. Construção teria 73 apartamentos com 100 metros quadrados cada. Há outros dois projetos semelhantes em São Paulo, com previsão de finalização em 2026.

Com o tombamento, garante-se a preservação de um lugar que está conectado com a história da cidade, de sua ocupação e de sua urbanização. O reconhecimento do conjunto como bem cultural demonstra a necessária conciliação entre transformação e preservação da memória.
Vivian Barbour, advogada da Associação de Moradores da Vila Mariana

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