Jovem é preso por suspeita de matar mãe e padrasto por herança em SC
Um jovem de 24 anos foi preso por suspeita de matar a mãe e o padrasto em Itajaí (SC).
O que aconteceu
Suspeita é de que homem tivesse interesse na herança da família. O UOL apurou que o suspeito, identificado como Walter Gonçalves, 24, planejou o crime com antecedência. Susimara Gonçalves de Souza, 42, e Pedro Ramiro de Souza, 47, foram surpreendidos na casa onde viviam, no bairro de Espinheiros, em 23 de novembro, após chegarem de um jantar.
Prisão temporária aconteceu na tarde desse domingo (1º), pouco mais de uma semana após o crime. Segundo relatório preliminar da Polícia Civil de Santa Catarina, o suspeito teria matado o casal por asfixia.
Telefones, computadores e vestimentas do jovem foram apreendidos. A expectativa é de que o material auxilie nas investigações.
Crime foi cometido por pelo menos duas pessoas. Segundo o delegado Márcio Luiz Colatto, a polícia ainda tenta identificar o segundo envolvido no crime e não descarta a possibilidade de uma terceira pessoa ter ajudado os suspeitos.
Câmeras de segurança foram essenciais para as investigações, afirmou a polícia. Segundo o delegado Roney Gonçalves, vídeos do dia do crime mostram duas pessoas entrando na casa, duas horas antes de as vítimas chegarem de um jantar. Uma dessas pessoas seria Walter, filho de Susimara e enteado de Ramiro.
Jovem ligou para polícia avisando que tinha encontrado os familiares mortos no dia do crime. As vítimas foram encontradas amarradas e amordaçadas.
Comportamento de filho na cena do crime levantou suspeitas da polícia. O delegado Roney Gonçalves afirmou que Walter insistiu em mostrar aos policiais militares e civis mensagens que teriam sido trocadas com a mãe antes do crime — como uma espécie de álibi.
No primeiro momento ele comentou que teria conversado com a mãe durante a véspera e na madrugada dos fatos. Espontaneamente ele pegou o celular, abriu a conversa, quis me mostrar, mostrar aos demais investigadores.
Delegado Roney Gonçalves Alves
Suspeito ficou em silêncio no momento da prisão. Ele trabalhava como entregador de aplicativo e não aparentava ter desavenças com a família. Apesar disso, familiares e o próprio suspeito afirmaram que o padrasto tinha "desconfiança em relação à capacidade do enteado conseguir administrar a empresa". A família possuía uma empresa de decorações na região.
O suspeito foi encaminhado para o presídio de Itajaí. O UOL não conseguiu contato com a defesa dele até o momento, mas o espaço segue aberto para manifestação.
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