'Arruma uma buchuda': o que disse empresária suspeita de comprar bebê em GO

A investigação que resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de negociar a venda de uma bebê recém-nascida em Goiânia analisou mensagens enviadas pela empresária que teria comprado a criança, segundo a Polícia Civil de Goiás.

O que aconteceu

Mãe e padrasto entregaram bebê de 27 dias à empresária, após negociarem pagamento, segundo a polícia. Acusados por tráfico humano, os três foram presos em flagrante junto a uma funcionária da empresária que teria intermediado as negociações. A identidade dos quatro suspeitos ainda não foi divulgada.

"Arruma uma buchuda pra me dar o filho", escreveu a mulher à funcionária, conforme a troca de mensagens divulgada pela polícia. Na sequência, a empresária enviou: "Se for menino, mio [melhor] ainda. Se for preto então, mio [melhor] ainda".

Em outro print divulgado pela polícia, a suspeita diz que pagaria R$ 5 mil pela criança. Na mesma mensagem ela ri. Os investigadores não confirmaram, no entanto, se esse era o valor total negociado.

"Traz ela para mim, eu fico", teria escrito a mulher em outra ocasião. Em resposta, a funcionária envia uma mensagem de voz. Questionada, a Polícia Civil não informou o teor do áudio.

Prints de conversas divulgados pela Polícia Civil de Goiás mostraram negociação para compra de bebê
Prints de conversas divulgados pela Polícia Civil de Goiás mostraram negociação para compra de bebê Imagem: Divulgação/PCGO

Relembre o caso

Mãe e padrasto entregaram bebê após pagamento, segundo a polícia. Eles foram investigados e presos em flagrante após uma denúncia anônima.

Polícia Civil informou que a mãe confessou a negociação para trocar criança por dinheiro. Ela teria entregue o recém-nascido à empresária na tarde do último dia 29. A recém-nascida foi encontrada com a empresária no bairro João Braz, em Goiânia.

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Em seguida, a funcionária da empresa que teria mediado a venda da criança também foi presa. Os quatro suspeitos foram indiciados por tráfico de pessoas, cuja pena é de, no mínimo, quatro anos de prisão e multa.

Criança foi levada pelo Conselho Tutelar. Ela está em abrigo provisório, ainda segundo a Polícia Civil goiana.

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