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Bolsonaro pede voto para filho Carlos, no Rio, para 'ajudá-lo em Brasília'

"Trabalha como um condenado nas mídias sociais, é meu filho, né?", disse Bolsonaro sobre Carlos - Reprodução/Facebook
"Trabalha como um condenado nas mídias sociais, é meu filho, né?", disse Bolsonaro sobre Carlos Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

29/10/2020 21h55Atualizada em 29/10/2020 23h47

A pouco mais de 15 dias das eleições municipais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transformou a sua live semanal em palanque político para declarar apoio a candidatos nas eleições municipais de algumas cidades do Brasil. Ele pediu votos para Celso Russomanno e Marcelo Crivella (ambos do Republicanos), candidatos à prefeitura de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, entre outros nomes que citou.

E pediu votos para seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), atual vereador e candidato à reeleição pelo Rio de Janeiro. Bolsonaro não explicou como, mas sugeriu que a vitória de Carlos o ajudaria "bastante" em Brasília.

"Esse cara aqui, lá no Rio de Janeiro! Você votaria nele se fosse eleitora no Rio?", questionou o presidente, se dirigindo à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que estava ao seu lado. "Trabalha igual a um condenado nas mídias sociais, é meu filho, né? Sou suspeito para falar dele. Quem puder colaborar, não tem candidato ainda, ajude Carlos Bolsonaro a ser reeleito, porque vai continuar me ajudando bastante em Brasília."

Bolsonaro também disse que o filho "leva pancada da imprensa" justamente porque o ajuda. "Se ele me atrapalhasse, não levaria pancada", completou.

Em junho, o UOL noticiou que a baixa produção legislativa de Carlos Bolsonaro no Rio de Janeiro acontecia ao mesmo tempo em que o foco dele estava em Brasília. Neste ano, o vereador ganhou uma sala no Palácio do Planalto, mesmo sem exercer oficialmente nenhuma função o governo.

Críticas ao PCdoB, Dino e Manuela

Bolsonaro também voltou a criticar o PCdoB e Flávio Dino, filiado ao partido e governador do Maranhão. Sem apresentar dados, o presidente disse que o estado nordestino é o segundo pior "em quase todos os índices", culpando a gestão de Dino por essa suposta situação ruim.

"Estive em um estado agora administrado pelo Partido Comunista do Brasil. Com todo respeito, é o segundo pior estado em quase todos os índices. São irmãos como nós, mas a administração do PCdoB ajuda a deteriorar esses números", acusou. "O que mais me pediram no Maranhão foi que eu pudesse fazer para acabar com o comunismo lá", disse o presidente, que hoje fez sua primeira visita oficial o estado.

Bolsonaro ainda questionou a liderança de Manuela D'Ávila, também do PCdoB, nas pesquisas de intenção de voto em Porto Alegre (RS). Segundo levantamento divulgado hoje pelo Ibope, a candidata aparece com 27% — uma oscilação positiva de três pontos percentuais em relação à última pesquisa (24%), no dia 5 deste mês.

"Eu olho para Porto Alegre, meus irmãos, a 'gauchada' de Porto Alegre... Uma candidata do PCdoB está lá na frente. Pensa nas consequências, vejam o que esse partido defende, os problemas que esse partido cria para a família tradicional brasileira. Será que esse é o caminho certo?", questionou, acrescentando que o comunismo "não deu certo em lugar nenhum".

O presidente disse que não pediria votos para nenhum candidato na capital gaúcha, mas criticou a escolha por Manuela. "Vocês são livres para votar, mas votar em uma candidata do PCdoB... Eu acho que é o fim da picada", opinou.