Amazonino Mendes e David Almeida disputam 2º turno em Manaus
Amazonino (Podemos) e David Almeida (Avante) vão disputar o segundo turno pela Prefeitura de Manaus. Os dois lideraram as pesquisas das intenções de voto desde o início da campanha. Artur Virgílio Neto (PSDB), atual prefeito, não conseguiu construir um nome forte para dar continuidade à sua atual prefeitura tucana nestas eleições.
Com 100% das urnas apuradas, Amazonino obteve 23,91% dos votos válidos e Almeida, 22,36%.
Amazonino Mendes, 80, tem longa carreira política. Ele começou como prefeito de Manaus ainda no período da ditadura militar, em 1983. Entre as décadas de 1980 e 1990, foi governador do Amazonas duas vezes e prefeito novamente, além de senador.
Em 2008, elegeu-se prefeito pela terceira vez, mas terminou o mandato em 2012 com alto índice de rejeição, o que fez com que ele desistisse de tentar uma reeleição. Envolveu-se também em um escândalo na época em que foi governador, quando construiu uma mansão às margens do Rio Negro, mas o fato caiu no esquecimento da população.
Alguns mais tarde, voltou a ser escolhido para seu quarto mandato como governador, nas eleições suplementares de 2017, realizadas após a cassação do então governador José Melo (PROS).
Neste ano, tem como vice na chapa o economista Wilker Barreto.
David Almeida, 51, foi deputado estadual por três mandatos consecutivos, sendo eleito pela primeira vez em 2006. Foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas em 2016. Foi governador interino do Amazonas após a cassação de José Melo de Oliveira e de seu vice, em 2017. É casado, tem uma filha e tem como vice na chapa o ex-deputado federal e estadual do Amazonas e atual vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, do DEM.
O futuro prefeito vai governar para mais de 2,2 milhões de pessoas na cidade que está no 8º no ranking nacional do PIB (Produto Interno Bruto). Os principais desafios que um dos dois vai enfrentar serão com relação às consequências da pandemia do novo coronavírus.
Com poucos médicos para atender a população, além de problemas com o saneamento básico e educação, índices que estão entre os mais baixos do país, Manaus acabou se tornando uma das cidades mais afetadas pela pandemia, contabilizando hoje pouco mais de 60 mil casos e cerca de 3 mil mortes pela doença.
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