Filho de Garotinho é o mais votado em Campos, mas aguarda decisão do TSE
Wladimir Garotinho (PSD) foi o candidato a prefeito mais votado no segundo turno hoje em Campos dos Goytacazes (RJ), com 52,4% dos votos válidos. Mas sua chapa está sub judice, ou seja, pendente de julgamento pela Justiça Eleitoral. O candidato, então, não pode ser proclamado eleito antes de uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O segundo colocado foi Caio Vianna (PDT), que obteve 47,6% dos votos válidos.
Segundo Cláudio Brandão, presidente do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro), "as decisões [a respeito das candidaturas sub judice no Estado] foram proferidas no âmbito do TRE e os recursos serão apreciados pelo TSE no mais curto espaço de tempo possível". Situação similar ocorre em Petrópolis (RJ).
O imbróglio na candidatura de Garotinho envolve problemas com o candidato a vice-prefeito Frederico Paes (MDB). Ele teve sua candidatura impugnada pelo TRE-RJ por irregularidades relativas ao prazo de sua desincompatibilização da direção de um hospital.
Até a véspera do primeiro turno, a candidatura de Garotinho constava no TSE como "anulada sub judice". No sábado (14) anterior ao pleito, o juiz Glicério de Angiolis Gaudard acolheu pedido da coligação de Garotinho e a candidatura passou a constar como "deferida" no sistema do TSE.
Já a situação do candidato a vice é "indeferido com recurso" neste domingo de segundo turno. Como a chapa majoritária é única, pela regra, o indeferimento do vice poderia causar a cassação também do prefeito.Caso o TSE mantenha o indeferimento, poderá haver a realização de novas eleições para prefeito em Campos dos Goytacazes.
Wladimir, 35, é filho do ex-governador Anthony Garotinho (PROS), além de irmão de Clarissa Garotinho (PROS), que concorreu à prefeitura do Rio.
Campos dos Goytacazes é o reduto eleitoral da família Garotinho. O pai, Anthony, foi chefe do executivo municipal duas vezes e Rosinha Garotinho (PROS), mãe de Wladimir, outras duas.
Anthony e Rosinha são acusados de integrar organização criminosa
Em 2019, Anthony e Rosinha Garotinho foram presos suspeitos de terem superfaturado obras de casas populares em contratos com a Odebrecht quando Rosinha era prefeita e Anthony secretário de governo de Campos. Eles foram soltos após decisão do ministro do STF Gilmar Mendes e cumprem medidas cautelares.
A partir de 1° de janeiro de 2021, Garotinho vai comandar uma cidade que enfrenta um cenário de grave queda de arrecadação de impostos. A cidade, que é uma das principais produtoras de petróleo do Brasil, recebeu o menor valor de repasse de royalties da exploração de petróleo dos últimos 18 anos, segundo a prefeitura.
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