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Reis vence em Salvador e DEM vai para 3º mandato seguido na capital baiana

Bruno Reis é eleito prefeito de Salvador, com apoio do atual prefeito ACM Neto (à dir.) - Divulgação
Bruno Reis é eleito prefeito de Salvador, com apoio do atual prefeito ACM Neto (à dir.) Imagem: Divulgação

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL

15/11/2020 22h35Atualizada em 16/11/2020 00h26

O vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) confirmou o favoritismo dado pelas pesquisas e venceu a eleição na capital baiana neste domingo (15). Ele será o novo prefeito a partir do próximo ano e sucederá seu padrinho político, ACM Neto (DEM), que deixará a prefeitura após oito anos de mandato.

Reis obteve 64,20% dos votos, seguido por Major Denice (PT), com 18,86%, Pastor Sargento Isidório (Avante), com 5,33%, Cezar Leite (PRTB) com 4,65%, Olivia (PSB) com 4,49%, Hilton Coelho (PSOL) com 1,39% e Bacelar (PODE), com 0,92% dos votos, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A vitória de Bruno Reis, 43, mantém a hegemonia dos democratas na capital baiana e fortalece a provável candidatura de ACM Neto ao governo baiano em 2022.

Durante toda disputa, o candidato do DEM liderou com grande folga sobre os demais candidatos. A principal adversária de Bruno era a petista Major Denice, uma aposta do governador Rui Costa (PT) e do senador Jaques Wagner (PT) para tentar desbancar o favoritismo do aliado de ACM Neto, mas em nenhum momento ela apareceu nas pesquisas com chances para o segundo turno, mesmo recebendo apoio do ex-presidente Lula.

Durante a campanha, Bruno foi o principal alvo dos adversários, e por isso deixou de ir a alguns debates, onde problemas não resolvidos na gestão de ACM Neto, como mobilidade urbana e desemprego, eram questionados.

Bruno trabalha com ACM Neto desde 2002, quando Neto era deputado federal. Em 2010 e 2014 foi deputado estadual eleito com apoio carlista, e em 2016 acabou convidado para integrar a chapa de ACM como vice.

Bruno Reis garante que vai dar continuidade ao modelo de gestão bem avaliado de ACM Neto e fez a promessa de criar 50 mil empregos por meio de parcerias público-privadas.

A questão do emprego, por sinal, é um dos problemas que o prefeito terá a resolver, já que Salvador registrou taxa de desocupação de 17,5% nos primeiro trimestre de 2020, a segunda maior do país e a maior do Nordeste, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).