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Eleito em Salvador, Bruno Reis é o prefeito mais bem colocado em capitais

Bruno Reis (DEM) foi eleito com 64,2% do votos  - TIAGO CALDAS/ESTADÃO CONTEÚDO
Bruno Reis (DEM) foi eleito com 64,2% do votos Imagem: TIAGO CALDAS/ESTADÃO CONTEÚDO

Beatriz Montesanti

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/11/2020 01h47Atualizada em 16/11/2020 11h47

Com 64,2% do votos em Salvador, Bruno Reis (DEM) foi o candidato à prefeitura com a maior porcentagem entre as capitais do Brasil, tendo sido eleito em primeiro turno neste domingo (15). O número é pouco maior do que o segundo melhor votado, Alexandre Kalil (PSD), reeleito em primeiro turno em Belo Horizonte, com 63,36% dos votos.

Em números absolutos, Reis recebeu 779.408 votos, enquanto Kalil teve 784.307. Salvador é o quarto maior colégio eleitoral do país e Belo Horizonte, o quinto.

De Juazeiro, norte da Bahia, Reis é o vice de ACM Neto (DEM) e teve o apoio do político durante a campanha. O atual prefeito esbanja uma aprovação de 85% dos eleitores, segundo o Ibope, o que ajudou a impulsionar a candidatura de seu sucessor. Em seu discurso de vitória no domingo (15), Reis creditou o reconhecimento da população à gestão de ACM.

Também ajudou para que acumulasse uma grande quantidade de votos a pulverização da esquerda entre diversas candidaturas.

A segunda candidata mais votada na cidade foi Major Denice Santiago (PT), que tinha o apoio do governador do estado, Rui Costa (PT) -ela conquistou 18,86% dos votos. Mas PCdoB, PSOL e PCO também lançaram candidaturas.

O futuro prefeito contou ainda com uma aliança de 15 partidos para ser eleito: além do DEM e do PDT, de sua vice, Ana Paula Matos, apoiaram sua candidatura o Republicanos, MDB, Solidariedade, Cidadania, PL, PSL, PSC, Patriota, PSDB, PV, DC, PMN e PTB.

Para completar, o futuro prefeito foi o maior beneficiário de recursos de seu partido no país. Ao todo, sua campanha recebeu R$ 11,7 milhões do DEM, segundo a plataforma 72Horas, que reúne os repasses dos fundos especial e partidário.

O valor é quase o dobro do repasse feito pela legenda ao segundo maior favorecido, Eduardo Paes. O ex-prefeito do Rio de Janeiro recebeu R$ 6,4 milhões e vai para o segundo turno na cidade.

Com esse resultado, o DEM segue para mais um mandato no comando de Salvador -a legenda já está há 8 anos no poder da capital baiana- e fortalece a candidatura de ACM Neto ao governo baiano em 2022.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, o DEM está há 8 anos no poder em Salvador, e não há 12 anos. O texto foi corrigido.