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Após fala de Zé Pelintra, Paes chama Crivela de "prefeito do preconceito"

Na escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Eduardo Paes recebeu apoio dos senadores Romário (Podemos) e Carlos Portinho (PSD)  - Gabriel Sabóia/UOL
Na escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Eduardo Paes recebeu apoio dos senadores Romário (Podemos) e Carlos Portinho (PSD) Imagem: Gabriel Sabóia/UOL

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

28/11/2020 13h14

A menos de 24 horas do segundo turno das eleições, Eduardo Paes (DEM) cumpriu a sua última agenda de campanha na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na zona oeste da capital fluminense. Cercado por vereadores eleitos por partidos que pretendem compor a base de um eventual governo, Paes disparou contra o adversário Marcelo Crivella (Republicanos), que no debate de sexta-feira, na TV Globo, proferiu frases consideradas "preconceituosas".

Em um momento do debate no qual os candidatos falavam sobre o volume de verbas destinado ao Carnaval, Crivella citou a entidade religiosa do Zé Pelintra de maneira pejorativa e gerou reações de seguidores de religiões de matriz africana, que falaram em intolerância religiosa. Em outro momento, enquanto atacava Paes, ele afirmou que o adversário havia feito da cidade "a capital do turismo gay" —o que foi interpretado como uma declaração homofóbica.

Para Paes, as falas retratam "desconhecimento de Crivella sobre a necessidade entender a diversidade que compõe a cidade que ele comanda".

"Ele é o prefeito do preconceito. Não consegue entender os cariocas. Só fala para o grupo político do tio dele [o bispo Edir Macedo]. O Rio é uma cidade muito diversa para ter um prefeito preconceituoso. Esse tipo de coisa não cabe no Rio de Janeiro. A cidade é muito maior do que esse nicho do Marcelo Crivella", disse ao chegar ao local.

Recebido por representantes de várias escolas de samba do Rio de Janeiro, Paes discursou acompanhado de antigos aliados de Crivella, como por exemplo o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe, que hoje está filiado ao DEM, mas que integrou o partido de Crivella, apoiando as suas decisões em vários momentos do último mandato.

Os senadores Romário (Podemos) e Carlos Portinho (PSD) compareceram ao evento.

"Único possível"

No palanque, os aliados de Paes reafirmaram o "despreparo" de Crivella para seguir no cargo e enalteceram a imagem de "bom gestor" usada por Paes ao longo da campanha. Figura mais aplaudida ao chegar ao local, Romário —que concorreu contra Paes em 2018 pelo governo do Rio de Janeiro— disse que votaria no "único candidato possível".

Em seu discurso, Paes disse que "o Rio de Janeiro não aguenta mais essa gestão". Diante da aglomeração que se formava na quadra da escola de samba, Paes encerrou o evento pedindo para que todos votem neste domingo (29).

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