Boulos diz que levantou 'podres' de Marçal: 'A casa começou a cair'

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que a casa de Pablo Marçal (PRTB) "começou a cair" e que "podres" dele serão revelados nas próximas semanas. A provocação foi feita neste sábado (31) em ato pela democracia e contra o bolsonarismo na cidade, no qual o psolista também atacou o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O que aconteceu

Boulos disse que levantou "podres" de Marçal. Segundo o candidato do PSOL, o influenciador "começou a ficar com medo".

Ele sabe que a casa começou a cair. Ele achou que a sujeira ia ficar escondida embaixo do tapete. Mas eu mando um recado. (?) A gente já levantou muito podre desse cidadão. E nos próximos 30 dias vão aparecer. A verdade aparece Guilherme Boulos, em discurso

Questionado pelo UOL, Pablo Marçal afirmou que "se tiver podre mesmo, ele vai me ajudar a mudar de vida. Eu mesmo já fiz ele se converter numa igreja evangélica, agora falta só arrumar um trabalho. Mal assumi a prefeitura e já estou mudando geral. Faz o M de mudança!"

O candidato voltou a chamar Ricardo Nunes de "incompetente" e o acusou de insensibilidade. Ele também associou o prefeito e Marçal ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que ambos representam o "banditismo da pior espécie".

O psolista participou de ato em defesa da democracia e contra o bolsonarismo em São Paulo neste sábado (31). Ele convocou o ato na semana passada, em meio ao crescimento de Marçal nas pesquisas e às cobranças da militância para que seja mais incisivo nas críticas aos adversários.

Boulos comparou a eleição deste ano a uma "guerra". O candidato afirmou que o pleito lembra a disputa de 2022.

Da mesma forma que, na guerra de 2022 a gente ganhou, eu não tenho dúvidas, eu sinto dentro da alma, que, em outubro desse ano, a gente vai ganhar de novo Guilherme Boulos, em discurso

Boulos tenta reeditar em SP a polarização que marcou a última eleição presidencial. Ele tem investido em associar Marçal e Nunes a Bolsonaro e vem enfatizando que é o único candidato capaz de derrotar as "duas faces do bolsonarismo" na capital paulista.

O psolista disse que os adversários estão usando as fake news "mais canalhas e baixas". Ele comparou as acusações feitas por Marçal de que usaria cocaína aos boatos espalhados por bolsonaristas em 2018 de que o PT distribuiria "kit gay" nas escolas se fosse eleito para Presidência da República.

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Reportagem da Folha mostrou que as acusações de Marçal são baseadas em um processo que envolve um homônimo de Boulos. Trata-se de Guilherme Bardauil Boulos — o nome completo do candidato a prefeito é Guilherme Castro Boulos.

Ato deste sábado teve presença e discursos de artistas em defesa de Boulos. O cantor Criolo compareceu e foi exibido um vídeo em que nomes como Caetano Veloso, Malu Mader, Chico César, Alinne Moraes, Mônica Martelli, João Gordo e Paula Burlamaqui pediam votos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, e deputados federais também compareceram. Luiza Erundina (PSOL-SP), ex-prefeita da cidade, fez um discurso breve. A campanha de Boulos tem enfatizado o legado das três gestões progressistas da cidade, comandadas por ela, Marta Suplicy (PT) e Fernando Haddad (PT).

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