Madeleine: Marçal ser fenômeno nacional não garante votos em São Paulo
O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), que recuou para 19% nas intenções de voto na última pesquisa Datafolha, não está totalmente fora do páreo, mas precisa conquistar mais votos dentro da cidade, avaliou a comentarista Madeleine Lacsko no UOL News Manhã de sexta-feira (13).
Para Lacsko, Marçal é um fenômeno da internet nacional, mas "rede social não define votos".
A gente já sabe que rede social não reflete voto --o [caso] dele não é nem rede social, é funil de vendas. Marçal é um fenômeno de internet nacional, mas precisa de votos só em São Paulo. Não adianta os caras de Osasco e Carapicuíba gostarem dele.
Madeleine Lacsko
A comentarista destacou ainda que, em eleições municipais, são os apoios de políticos influentes nos bairros e o poder da máquina pública que costumam ser mais relevantes ao voto do que fatores ideológicos.
A gente vai ver agora se, com o andar da campanha, [Marçal] vai conseguir correr atrás dessas lideranças de bairro e desses apoios que ele precisa, ou se quem tem a máquina na mão é quem ganha.
Madeleine Lacsko
Lacsko destacou que a influência da máquina pública e a inserção em massa de propagandas após o início do horário eleitoral são fatores que explicam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, ter reassumido a dianteira da disputa, com 27%. Ele está empatado com Guilherme Boulos (PSOL), que aparece com 25%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Quem está em São Paulo só ouve [sobre] Nunes o dia inteiro. Ele tem uma equipe muito hábil, tem a máquina na mão. A eleição municipal tende a ser menos ideológica e mais centrada em questões reais. O ideológico é muito bom para o legislativo no municipal --você consegue eleger pessoas sem nenhuma promessa para cidade.
Madeleine Lacsko
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