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Preocupação do papa com pobres está ligada à América Latina, diz Dilma

 A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, comparece à missa inaugural do papa Francisco, realizada no Vaticano - Roberto Stuckert/AP
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, comparece à missa inaugural do papa Francisco, realizada no Vaticano Imagem: Roberto Stuckert/AP

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Roma

19/03/2013 14h14Atualizada em 19/03/2013 14h40

A preocupação do papa Francisco com os pobres está ligada à situação da América Latina, afirmou a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (19) em Roma.

“Eu acho que, inclusive, o fato de ele ter essa opção preferencial pelos pobres tem a ver com o nosso continente, que está passando por um processo de superação da pobreza, o que deve comover de fato um padre da nossa região.”

Dilma disse ainda que o papa é uma contribuição da América Latina para o mundo. “Acredito que esse fato de um papa se comover, se dedicar e afirmar que é esse o seu objetivo é algo muito importante para o mundo. Acho que toda a América Latina fica orgulhosa.”

Ela conversou brevemente com a imprensa no hotel onde está hospedada  desde domingo.

Pouco antes, ela havia se encontrado a portas fechadas com o presidente da Eslovênia, Borut Pahor. A presidente, porém, não comentou nada a respeito da reunião nem sobre qualquer outro tema e logo se retirou.

A presidente viajou à Itália para acompanhar a missa de inauguração do pontificado de Francisco, que aconteceu na manhã de hoje.

Após a cerimônia, ela chegou a conversar rapidamente com o papa na hora dos cumprimentos.

Dilma se reúne amanhã novamente com ele e o tema da reunião reservada será a Jornada da Juventude, que acontece em julho no Rio de Janeiro.

Missa inaugural

Durante a missa inaugural, o papa Francisco pediu especialmente aos chefes de Estados presentes, e também aos demais fiéis, que cuidem daqueles que têm "fome e sede".

"Deus quer fidelidade à sua palavra", disse o pontífice. Essa palavra, segundo ele, inclui o respeito a todos e o cuidado por todos e por cada um, "especialmente pelas crianças e pelos idosos" e pelos "mais pobres e mais fracos".

Quem tem fome e sede, segundo ele, está em uma prisão. "E quem serve é capaz de proteger", acrescentou o sucessor de Bento 16. Para o papa, este é o caminho para que os sinais de destruição não acompanhem o caminho "deste mundo".