Biografia de Malala Yousafzai será publicada em setembro
A história de vida de Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa que escapou de um ataque de talibãs, será publicado em setembro deste ano, em um acordo que valeu 2 milhões de libras (R$ 6 milhões), segundo o jornal britânico "The Guardian".
"Eu sou Malala" contará a história da adolescente paquistanesa que foi baleada na cabeça durante um ataque contra o ônibus escolar no qual ia para o colégio, em 9 de outubro de 2012, no Vale do Swat (noroeste do Paquistão). Os talibãs queriam puni-la por seu engajamento em favor do direito das jovens de frequentar a escola.
Atualmente, ela frequenta uma escola em Birmingham, no centro da Inglaterra, um mês e meio depois de ter sido submetida a uma cirurgia na cabeça.
"Espero que este livro atinja as pessoas em todo o mundo, de modo que elas percebam o quanto é difícil para algumas crianças ter acesso à educação", afirmou Yousafzai, em um comunicado.
"Quero que ele seja parte de uma campanha para dar a cada menino e menina o direito de ir à escola. Esse é um direito básico", acrescentou.
Em 2009, Yousafzai começou a escrever um blog, sob um pseudônimo, para a BBC urdu sobre o cotidiano no Vale do Swat – “Diário de uma estudante paquistanesa”.
Sua identidade real tornou-se conhecida com um documentário produzido pelo "The New York Times" no mesmo ano. Malala ganhou prêmios e conseguiu das autoridades melhorias para as escolas da região. Em dezembro de 2011, recebeu do primeiro-ministro Yousaf Paza Gilano o Prêmio Nacional da Paz --rebatizado com seu nome--, assim como o colégio onde estuda. Na cerimônia, revelou o desejo de formar um partido político para defender a educação.
Em outubro do ano passado, homens armados entraram no ônibus escolar onde ela estava perguntando por Malala. Quando ela foi identificada, um homem armado atirou em sua cabeça e a bala atravessou seu pescoço, instalando-se em seu ombro.
Yousafzai foi levada para a Inglaterra, onde foi tratada no Queen Elizabeth Hospital, em Brimingham. No mês passado, ela fez uma operação para reconstruir o crânio e restaurar a audição.
Desde o atentado, Malala foi homenageada com prêmios e é a pessoa mais jovem a ser indicada para o Prêmio Nobel da Paz. Ban Ki-Moon, o secretário-geral da ONU, anunciou que irá celebrar o Dia de Malala em 10 de novembro.
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