Terceira vítima da explosão em maratona era chinesa e aluna da Boston University
A terceira vítima das explosões ocorridas durante a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (15), era aluna da Boston University e de origem chinesa, informou a universidade e o Consulado da China em Nova York nesta terça-feira (16), de acordo com o jornal "Boston Globe".
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As duas explosões na linha de chegada da Maratona da cidade deixaram três mortos e mais de 170 feridos.
O nome da terceira vítima fatal não foi informado a pedido de sua família, mas sabe-se ela estava assistindo a corrida próxima da linha de chegada junto a três amigos. Um deles, também uma garota de origem chinesa, foi ferida e está em recuperação no Boston Medical Center. A outra pessoa, cujo sexo não foi informado, não se feriu.
Segundo a Boston University, a vítima era graduada pela Kenmore Square School, também situada em Boston, no Estado de Massachussets.
Já a sobrevivente foi identificada pelo Consulado chinês em Nova York como Zhou Danling. A mídia chinesa disse que Zhou é graduada pela Universidade de Wuhan, na China central, e é estudante de Ciências Atuariais da Boston University.
"Ela não pode falar agora, mas pode se comunicar com caneta e papel", comunicou o consulado por email.
No comunicado, o consulado afirma que outra estudante chinesa, identificada como Lv Lingzi, ainda está desaparecida. Seu nome também foi processado como Lingzi Lu. Nenhuma informação adicional foi divulgada.
"Estamos acompanhando o caso de perto e estamos tentando encontrar nossos colegas em Boston. Acredito que eles vão repassar mais informações se acontecer alguma coisa", afirmou o consulado no comunicado, que terminou com uma mensagem de solidariedade às famílias: "Nosso coração está com todas as famílias que foram atingidas".
Segundo a AP, um grupo de trabalho do Consulado chinês está em Boston para investigar a situação e ajudar os parentes das vítimas.
O presidente da Boston University, Robert A. Brown, divulgou uma carta na tarde desta terça-feira (16) no site da instituição notificando a comunidade universitária da morte. Ele disse que a universidade não poderia liberar os nomes dos estudantes envolvidos na tragédia.
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Vítimas fatais
As vítimas da Maratona de Boston foram feridas com pregos e pedaços de metais, informaram nesta terça-feira (16) os médicos que estão tratando os feridos mais graves, alguns dos quais necessitaram amputar seus membros inferiores.
De acordo com o jornal "Huffington Post" e com o portal da "NBC News", Krystle Campbell, 29, natural de Medford, também no Estado de Massachusetts, é a segunda vítima da explosão. Ela morreu no que foi classificado pelo presidente Barack Obama como "ato de terror". A morte foi confirmada à "NBC" pelo pai de Krystle, William Campbell.
A primeira vítima a ser identificada pelas autoridades foi o garoto Martin Richard, de oito anos. Segundo relatos de amigos da família ao jornal "Boston Globe", ele estava na linha de chegada da prova e aguardava o pai, Bill Richard, concluir a corrida.
A mãe e a irmã de Martin, de apenas seis anos, estão hospitalizadas. Elas estão entre as 17 vítimas gravemente feridas --no total, foram mais de 170 atingidos.
Investigação
O governo dos EUA ainda não sabe quem são os autores nem a motivação do crime.
"O FBI está investigando isso como um ato de terror. Não sabemos quem realizou esse ataque, não sabemos se foi um grupo estrangeiro ou doméstico ou se foi ação de um indivíduo", disse Obama em pronunciamento transmitido pela TV.
"Cada vez que são usadas bombas contra civis inocentes, trata-se de um ato de terrorismo", afirmou o presidente. "Este foi um ato atroz e covarde."
Bombas
O governador de Massachusetts, Deval Patrick, confirmou que foram utilizadas duas bombas no ataque. Informações desencontradas diziam que outros dois artefatos que não explodiram haviam sido encontrados na região do atentado.
"É importante esclarecer que dois e somente dois artefatos explosivos foram encontrados na região. O resto de pacotes que foram analisados não eram artefatos que não explodiram", afirmou Patrick.
Entre a noite e madrugada de ontem, o FBI passou cerca de nove horas em um apartamento atrás de provas que poderiam esclarecer a origem dos ataques.
Os policiais chegaram por volta das 17h (18h no horário de Brasília) de segunda-feira (15) e deixaram o lugar na madrugada desta terça-feira (16), por volta das 2h15 (3h15 em Brasília).
Os investigadores saíram do prédio com três grandes sacos plásticos com o material que foi apreendido. Não se sabe o que havia dentro das sacolas.
Dois homens que se identificaram como sauditas e circulavam pelo prédio foram abordados pelos policiais, mas ninguém chegou a ser preso.
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