Policial assassinado no chão por terroristas em Paris era muçulmano
O policial covardemente assassinado, já caído no chão, por um dos atiradores que causaram o que pode ser chamado de chacina no jornal “Charlie Hebdo”, em Paris, nesta quarta-feira (7), era muçulmano e tinha a responsabilidade de patrulhar a região onde funciona a sede do jornal, no 11º distrito da capital francesa, de acordo com reportagem de hoje do britânico "Daily Mail".
Ahmed Merabet, 42, é o homem que aparece em um vídeo compartilhado inúmeras vezes por internautas e veículos de comunicação, mostrando o momento em que um dos criminosos, mascarado e todo vestido de preto, atira em sua direção; o policial já estava deitado.
-- Você quer me matar?, pergunta o atirador.
-- Não, tudo bem, chefe, responde Merabet, levantando a mão, antes de ser alvejado.
O policial está entre as 12 pessoas que morreram no atentado. Esta quinta-feira de luto nacional no país tem sido de várias homenagens. Alguns internautas publicaram no Twitter mensagens de apoio.
“#AhmedMerabet morreu protegendo inocentes do ódio. Eu o saúdo.”
“Nós defendemos os direitos dos outros. #AhmedMerabet um corajoso policial que deu sua vida para defender #CharlieHebdo”
“É irônico como um dos policiais baleados era um muçulmano chamado #AhmedMerabet. Terrorismo não tem religião.”
O outro policial assassinado é Franck Brinsolaro, 49, que fazia a guarda pessoal do editor da revista e chargista, Charb (Stéphane Charbonnier), que também foi morto.
Os atiradores, segundo testemunhas, falavam francês perfeitamente e perguntaram os nomes das vítimas antes de matá-las, dentro do prédio do semanário. “O profeta foi vingado”, eles gritaram durante o massacre.
Os dois homens foram identificados como os irmãos Said e Cherif Kouachi, de origem argelina, e continuam desaparecidos. A ‘caçada’ pelos suspeitos foi iniciada pela polícia francesa logo após o atentado.
Ainda nesta quarta-feira (7), foi encontrado o carro usado pelos dois na fuga, e os policiais também fizeram uma operação na cidade de Reims (cerca de 150 km de Paris), mas nem sinal dos dois irmãos.
Publicado às quartas-feiras, o semanário divulgou hoje que sua próxima edição terá 1 milhão de exemplares, seguindo o espírito de não ceder ao medo do terrorismo. (Com agências internacionais)
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