Atirador em trem planejava atentado terrorista, dizem procuradores da França

A Procuradoria francesa abriu formalmente nesta terça-feira (25) uma investigação de terrorismo contra Ayoub El-Khazzani, que abriu fogo dentro de um trem entre Amsterdã e Paris na semana passada. 

Segundo as autoridades da França, o suspeito levava mais de 270 munições para suas armas (um fuzil e uma pistola, além de nove carregadores)  e uma garrafa de combustível.

Além disso, ele viu no celular um vídeo de cantos jihadistas antes de entrar no veículo.

O procurador de Paris, François Molins, anunciou em entrevista coletiva que pediu a prisão provisória para o detido, que viveu na França "entre cinco e sete meses" em 2014 e que, segundo diferentes depoimentos, mostrou premeditação e uma "atitude resolvida" ao agir no trem.

O jovem, de 25 anos de idade, já havia sido condenado na Espanha duas vezes (2010 e 2012) por infrações de direito comum. Inclusive, as autoridades espanholas informaram os serviços de inteligência da França quando El Khazzani se transferiu ao país para trabalhar em uma companhia de telefonia celular. 

O ataque foi evitado graças a três jovens americanos e um britânico, que imobilizaram o marroquino.

Os americanos Spencer Stone, 23, e Alek Skarlatos, 22, e Anthony Sadler, 23, e o britânico Chris Norman, 62, receberam o título de "cavaleiros da Legião de Honra" em uma cerimônia no Palácio do Eliseu de Paris na segunda-feira. 

Em suas primeiras declarações, El Khazzani afirmou que seu objetivo era cometer um assalto no Thalys "para comer", segundo relatou a advogada que o defendeu, Sophie David.

De acordo com sua versão, as armas que carregava tinham sido encontradas em uma mala abandonada em um jardim próximo à estação de Bruxelas. (Com agências internacionais)