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Kim Jong-un presta homenagem a Fidel Castro

 Kim Jong-un visita a Embaixada de Cuba - Reuters/ KCNA - Reuters/ KCNA
Líder norte-coreano Kim Jong-un visita a Embaixada de Cuba em Pyongyang
Imagem: Reuters/ KCNA

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 11h31

O ditador norte-coreano Kim Jong-un prestou homenagem a Fidel Castro na Embaixada de Cuba em Pyongyang, mostram imagens divulgadas nesta terça-feira (29)

Segundo a TV estatal norte-coreana KRT, Kim Jong-un visitou a embaixada na segunda-feira (28), o primeiro dos três dias de luto declarados pela Coreia do Norte pela morte do líder cubano.

Em uma nota divulgada após a morte de Fidel, Kim Jong-un disse que o líder cubano era um "amigo próximo e camarada" do povo coreano. Castro "fez esforços para estreitar as relações de amizade e cooperação entre os dois partidos, governos e povos de nossos dois países e deu firme apoio e encorajou nossos esforços para a reunificação nacional e lutou pelos princípios e deveres revolucionários invariáveis por mais de meio século", acrescenta a nota.

Fidel, que entregou o poder a seu irmão Raúl Castro uma década atrás devido a problemas de saúde, morreu na sexta-feira (25), aos 90 anos de idade, deixando para trás um legado controverso.

Para muitos, especialmente na América Latina e na África, ele era um símbolo de resistência ao imperialismo, tendo deposto um ditador apoiado pelos Estados Unidos, e um defensor dos pobres. Outros o criticavam por ser um tirano cujo socialismo levou a economia à ruína.

Líderes da esquerda vão a Cuba

Líderes dos aliados da esquerdas de Cuba e de outros países em desenvolvimento foram a Havana nesta terça-feira (29) para uma manifestação em massa em homenagem a Fidel Castro, o líder que comandou a revolução de 1959 e governou a ilha durante meio século.

Cuba decretou nove dias de luto após sua morte, incluindo a manifestação da noite desta terça-feira na Praça da Revolução, mesmo espaço amplo onde Fidel costumava fazer discursos longos e incendiários.

Muitos líderes da esquerda latino-americana, como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o da Bolívia, Evo Morales, devem comparecer à cerimônia.

Pouco depois de pousar em Havana na noite passada, Maduro celebrou a "força imortal" de Fidel.

Também são esperados vários líderes africanos, como os presidentes do Zimbábue, Robert Mugabe, e da África do Sul, Jacob Zuma. O falecido líder sul-africano Nelson Mandela agradeceu Fidel várias vezes por seus esforços para ajudar a enfraquecer o apartheid em seu país.

Mas poucos líderes das maiores potências mundiais estão a caminho da ilha caribenha, e muitos estão enviando autoridades de segundo escalão ao invés de irem eles mesmos homenagear o homem que construiu um Estado comunista às vistas dos EUA.

Todas as escolas e os escritórios do governo serão fechados nesta terça-feira para que seja mais fácil para os cubanos participarem da cerimônia e de outras atividades em louvor a Fidel, disseram as autoridades locais. (Com as agências internacionais)