Obama liberou US$ 221 milhões para palestinos em suas últimas horas como presidente
Horas antes de deixar a Casa Branca para a posse de Donald Trump, na manhã de sexta-feira (20), Barack Obama liberou uma verba de US$ 221 milhões destinada à Autoridade Palestina, representante do Estado palestino, que estava barrada no Congresso norte-americano. A informação é da agência Associated Press, citando uma autoridade do Departamento de Estado da administração Obama e congressistas.
Segundo a notificação enviada ao Congresso, o dinheiro é destinado como ajuda humanitária na Cisjordânia e na faixa de Gaza e também em apoio às reformas políticas e segurança na região, além de ajudar a criar as bases de governo e Justiça de um futuro Estado da Palestina.
De acordo com a Associated Press, o secretário de Estado de Obama, John Kerry, avisou alguns parlamentares sobre a decisão pouco antes de deixar seu departamento pela última vez, na quinta-feira (19). A notificação foi enviada ao Capitólio na sexta, horas antes da posse de Trump.
O Congresso chegou a aprovar o fundo para os palestinos para os anos de 2015 e 2016, mas deputados republicanos congelaram a verba para aguardar os movimentos da organização palestina em sua tentativa de integrar associações internacionais.
Segundo a AP, o Executivo geralmente respeita esse tipo de decisão do Congresso, mas não é obrigado a segui-la depois de as verbas terem sido alocadas.
Além dos US$ 221 milhões aos palestinos, a gestão Obama também liberou cerca de US$ 6 milhões para outros gastos internacionais --US$ 4 milhões para programas sobre aquecimento global, energia verde e desenvolvimento sustentável, US$ 1,25 milhão para agências da ONU e US$ 1,05 milhão para serem usados pelo Departamento de Estado norte-americano no Afeganistão e no Paquistão.
Apesar de a verba ter sido aprovada previamente pelo Congresso, a decisão de Obama pode irritar a administração de Trump, segundo a Associated Press, por causa da aproximação do novo presidente com Israel.
Trump inclusive prometeu levar a embaixada americana no país de Tel Aviv para Jerusalém, uma mudança que agradaria o governo israelense e é rejeitada por palestinos --epicentro do confronto territorial entre israelenses e palestinos, Jerusalém é a sede do governo de Israel, mas não é reconhecida oficialmente como capital do país pela comunidade internacional.
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