A pedido da Rússia, Conselho de Segurança faz reunião emergencial sobre ataque à Síria
O Conselho de Segurança da ONU está realizando uma reunião extraordinária nesta sexta-feira (7) para debater sobre o ataque realizado pelos Estados Unidos nesta quinta-feira (6) contra uma base aérea da Síria. A reunião teve início às 12h30 (de Brasília).
A reunião acontece a pedido da Rússia, membro permanente do Conselho. Segundo o Kremlin, o ato constitui "uma ameaça à segurança internacional".
"Pedimos ao Conselho de Segurança da ONU uma reunião urgente para discutir a situação", afirma o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
O Exército russo também anunciou nesta sexta que as defesas antiaéreas do exército da Síria devem ser reforçadas. "Com o objetivo de proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, vamos adotar uma série de medidas o mais rápido possível para reforçar e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das Forças Armadas sírias", declarou o porta-voz do Exército russo, Igor Konachenkov.
O país também suspendeu, segundo o ministério, a coordenação militar que tinha com os Estados Unidos na Síria, acusando Washington de ter planejado o ataque com antecedência.
"A parte russa suspende a vigência do memorando que existe para evitar incidentes e garantir a segurança de voos durante as operações (militares) na Síria, assinado com os EUA", diz uma declaração lida pela porta-voz Maria Zakharova.
Ela afirma que o ataque dos EUA estava pronto e que, "para qualquer especialista, está claro que a decisão do ataque foi tomada em Washington antes do fato de Idlib (ataque com armas químicas atribuído ao governo sírio), que só foi utilizado como pretexto para uma demonstração de força".
23 dos 59 mísseis atingiram a base, diz Rússia
O bombardeio matou civis, incluindo crianças, e provocou muitos danos à base aérea, segundo o governo sírio.
Foram 59 mísseis norte-americanos lançados contra a base de Shayrat. Segundo o governo russo, apenas 23 dos mísseis atingiram de fato a base aérea, informação não confirmada pelos norte-americanos.
Ataque vital, diz Trump
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que foi um "ataque vital de segurança nacional", já que classificou como inaceitável a atitude do governo sírio em ferir com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
"Todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito sírio" e "acabar com o massacre e derramamento de sangue na Síria". (Com agências internacionais.)
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