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Príncipe William quebra protocolo real e abraça vítima de incêndio em Londres

REUTERS/Hannah McKay
Imagem: REUTERS/Hannah McKay

Colaboração para o UOL

19/06/2017 16h52

Um simples abraço do príncipe William fez com que o Reino Unido se lembrasse da compaixão de sua mãe, a princesa Diana. Em visita aos sobreviventes e familiares das vítimas do incêndio que deixou pelo menos 79 mortos em Londres na última quarta-feira, ele quebrou o protocolo da família real e abraçou uma mulher cujo marido ainda não foi localizado no prédio incendiado.

Tal atitude não é comum para os monarcas britânicos, e mesmo um simples aperto de mão costuma ser raro. O príncipe estava acompanhado da avó, a Rainha Elizabeth, na visita ao Westway Sports Centre, que tem sido utilizado nos últimos dias como um abrigo para as pessoas atingidas pela tragédia. É importante destacar que além da estimativa de 79 mortos feita pela polícia, outras 18 pessoas estão hospitalizadas e nove seguem em estado grave.

Os dois foram amplamente aplaudidos na chegada. "Uma das coisas mais terríveis que eu já vi", disse William aos voluntários sobre o incêndio que acometeu o prédio residencial Grenfell Tower. O príncipe Harry e a princesa Kate também contribuíram com um fundo de doações para as famílias desabrigadas.

Wiliam participa de campanhas de conscientização de saúde mental, de modo que instruiu as pessoas afetadas a não se calarem sobre o trauma. Em entrevista concedida para a edição de julho da revista GQ, o futuro rei - segundo na linha de sucessão ao trono atrás apenas do pai, Charles - falou sobre como lida com a proximidade do aniversário de 20 anos da morte de sua mãe, Diana, que faleceu em 31 de agosto de 1997.

"Eu gostaria de poder contar com os conselhos dela. Eu adoraria que ela pudesse conhecer Catherine e ver nossas crianças crescerem. Me entristece pensar que isso nunca vai acontecer, que eles nunca vão conhecê-la", lamentou. "Eu estou em uma situação melhor do que estive em um longo tempo. Agora consigo falar mais aberta e honestamente sobre ela. Precisei de quase 20 anos para chegar nesse estágio."