Interpol descobre na Argentina acervo raro de peças nazistas e até busto de Hitler
Mais de 60 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a Interpol descobriu no subúrbio de Buenos Aires um acervo com 75 peças que teriam sido levadas à Argentina por alguém do alto escalão do governo nazista. Entre os objetos estão um busto de Adolf Hitler e uma foto dele usando uma lupa que também teria sido encontrada, num claro indício da originalidade do acervo.
A investigação da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) começou depois que autoridades argentinas encontraram obras de artes ilícitas em uma galeria no norte de Buenos Aires. As pistas apontaram para uma casa em Beccar, também no norte de capital, invadida em 8 de junho, com autorização judicial.
Lá dentro, os policiais encontram uma grande estante de livros. Desconfiados, moveram o móvel, encontrando uma passagem secreta para uma sala repleta de objetos nazistas. O dono da casa vai responder ao processo em liberdade e não teve seu nome divulgado.
A coleção, a maior de artefatos nazistas já encontrada na Argentina, tem, entre outros objetos, uma águia símbolo do regime sobre uma suástica, brinquedos que eram utilizados na doutrinação de crianças, e até um dispositivo que media o tamanho da cabeça de uma pessoa, para determinar se ela era “ariana”.
A Interpol tem certeza de que os objetos são originais. Só não sabe ainda como eles chegaram à Argentina. A principal hipótese é que eles tenham sido trazidos à América do Sul pelos diversos integrantes do alto escalão do regime nazista que fugiram da Alemanha próximo do fim da Segunda Guerra.
Diversos membros do Terceiro Reich de Hitler se refugiaram na Argentina, vivendo com nomes falsos. Entre eles, o médico Josef Mengele, que acabou descoberto e fugiu para o Brasil, tendo morrido no litoral de São Paulo. A casa onde a coleção foi encontrada em Buenos Aires fica perto de onde ele morou.
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