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Fugir? Presos veem xerife passando mal e têm reação inesperada

Reprodução/NBC
Imagem: Reprodução/NBC

Colaboração para o UOL

22/06/2017 10h55

O xerife Johnny Moats, do pequeno condado de Polk, sudeste dos Estados Unidos, não acordou muito bem na manhã do dia 12 de junho. Fazia 25° C e a umidade do ar se aproximava de 100% no Estado da Georgia. Ele não imaginava que passaria mal. E acabaria socorrido por seis presos de quem cuidava.

Moats trabalhava no cemitério local com seis prisioneiros que ele já conhecia, mas algo não estava certo. “Eu comecei a tossir muito. Cada vez que acontecia, ficava com mais calor”, relatou o policial, que não quis ser identificado, à rede de televisão norte-americana NBC. “Ficou difícil ficar em pé. Depois de alguns minutos, caí no chão.”

Neste momento, ele foi socorrido pelos presos. Eles abriram sua camisa, removeram seu colete à prova de balas e fizeram massagem cardíaca. Um deles pegou o celular do xerife e ligou para a emergência.

“Nenhum deles fugiu”, contou o xerife. Agora, Moats pretende reduzir um quarto da sentença de cada um. “Todas as vezes que precisamos contar com a confiança de um preso vai além do nosso dever, por isso reduzimos algum tempo.”

O policial não quis mostrar o seu rosto à rede norte-americana por razões médicas. Ele contou que sofre de uma condição congênita chamada Síndrome de Arnold-Chiari, quando o tecido cerebral invade o canal espinhal, o que faz com que o sangue não circule como deveria. Ele acredita que a alta umidade do ar tenha contribuído para o seu colapso.

Agora, os presos estão sendo tratados como heróis na penitenciária. “Nós passamos muito tempo juntos e, quando a gente sai, eles não são exatamente seus presos, são um grupo de caras com quem você saiu”, revelou o xerife. “Você tenta ser mais amigo. No meu caso, isso funcionou muito bem.”

Presos salvaram a vida de xerife que passava mal - Reprodução/NBC - Reprodução/NBC
Imagem: Reprodução/NBC