Ameaças de mísseis aumentam em todo o mundo, afirma Pentágono
A tecnologia de mísseis balísticos e de cruzeiro está avançando em países como Coreia do Norte, Irã, Rússia e China, o que aumenta o número de ameaças potenciais para os EUA, mesmo que eles não transportem ogivas nucleares, de acordo com um novo relatório do Pentágono.
"Muitos países consideram que os sistemas de mísseis balísticos e de cruzeiro são armas acessíveis e um símbolo do poder nacional", afirmaram agências de inteligência de defesa dos EUA no relatório obtido pela Bloomberg News antes de sua difusão. "Muitos mísseis balísticos e de cruzeiro estão equipados com armas de destruição em massa. No entanto, houve grandes avanços de precisão em vários tipos de mísseis balísticos e de cruzeiro, o que permite que eles sejam utilizados efetivamente com ogivas convencionais."
O governo do presidente Donald Trump busca um modo de deter as iniciativas da Coreia do Norte para desenvolver um míssil balístico intercontinental equipado com armas nucleares que poderia atingir o território continental dos EUA. O relatório cita os programas de mísseis balísticos de Kim Jong Un em Pyongyang e do Irã, mas também descreve uma proliferação maior de mísseis, tecnologia avançada e opções de lançamento.
"Os mísseis balísticos podem ser implantados em silos, submarinos, navios de superfície, lançadores móveis em rodovias, ferrovias e em aviões", segundo o relatório. "Os mísseis móveis podem ter uma maior capacidade de sobrevivência antes do lançamento. Na última década, houve um aumento drástico em capacidade de precisão, manobrabilidade após o lançamento e eficácia de combate dos mísseis balísticos."
Entre as novas tecnologias estão os veículos planadores hipersônicos (HGV, na sigla em inglês) desenvolvidos pela Rússia e pela China. "HGVs são veículos manobráveis que se deslocam a uma velocidade hipersônica (superior a Mach 5) e passam a maior parte do voo em altitudes muito menores do que um míssil balístico comum", de acordo com o relatório. "A combinação entre alta velocidade, manobrabilidade e altitude relativamente baixa faz com que eles sejam alvos difíceis para os sistemas de defesa antimíssil."
A seguir, outras conclusões do relatório do Centro Nacional de Inteligência Aérea e Espacial e do Comitê de Análise de Mísseis Balísticos de Inteligência de Defesa: "O desejo de Teerã de ter uma resposta estratégica para os EUA poderia levá-lo a implementar um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês). Os avanços do programa espacial do Irã poderiam encurtar o caminho para um ICBM porque os veículos de lançamento espacial usam tecnologias inerentemente similares."
"A China continua tendo o programa de desenvolvimento de mísseis balísticos mais ativo e diversificado no mundo. Está desenvolvendo e testando mísseis ofensivos, montando unidades de mísseis adicionais, atualizando qualitativamente os sistemas de mísseis e desenvolvendo métodos para combater as defesas de mísseis balísticos."
A Rússia, que superou os EUA em 2014 em ogivas nucleares implantadas, "deverá manter a maior força de mísseis balísticos estratégicos fora dos Estados Unidos".
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