"Viciado" em dinossauros, menino prodígio corrige erro de museu em Londres
O Museu de História Natural de Londres teve de alterar uma exposição sobre dinossauros depois que um menino prodígio apontou um erro no material. Charlie Edwards tem apenas 10 anos e sofre da síndrome de Asperger, mas já pode adicionar a curadoria do espaço à sua lista de hobbies.
A síndrome apresentada pelo garotinho é a condição neurológica mais leve do espectro autista. Ela costuma causar dificuldades na interação social e comunicação não-verbal, restringindo interesses e tornando repetitivos certos padrões de comportamento. Entretanto, não implica em prejuízos intelectuais ou verbais.
O menino aproveitava uma festa do pijama no museu, atração voltada a crianças de 7 a 11 anos, para comemorar seu aniversário. Enquanto se divertia, Charlie percebeu que o display de uma apresentação - que deveria representar um Oviraptor (pequeno dinossauro carnívoro, com um bico similar ao de um papagaio) - estava errada.
A equipe do museu havia se enganado e colocado a silhueta de um Protoceratops, um dino herbívoro do tamanho de uma ovelha. Charlie rapidamente avisou a seus pais, Justin e Jade, mas reação inicial do casal foi de desconfiança. Eles não acreditavam que o museu pudesse ter se enganado.
Só depois de muita insistência por parte de Charlie, a família concordou em enviar um e-mail ao Museu de História Natural, informando sobre a possível confusão. A resposta logo chegou, confirmando que Charlie estava correto. Além disso, o garoto prodígio e seus pais ainda receberam uma carta oficial da instituição, agradecendo pelos esforços.
Segundo Jade, Charlie ficou muito feliz com sua descoberta durante a festa do pijama. "Estou muito orgulhosa dele. O Charlie tem a síndrome de Asperger e tende a encontrar um assunto que ama e estudar o máximo que pode sobre ele", ela explica. "É muito bom que ele foi capaz de mostrar o que aprendeu e sua base de conhecimento".
Desde os três anos de idade, Charlie sonha em se tornar um paleontólogo. Agora, com essa conquista, deve passar a frequentar ainda mais o museu. "Eu vi a imagem de comparação com um humano e ela tinha os nomes. O nome não estava certo, eu sabia por ler meus livros, então avisei meus pais", relembra o garoto.
Em nota oficial, um porta-voz afirmou que a instituição já corrigiu o erro apontado por Charlie. O museu disse ainda que funcionários estão "muito impressionados com o conhecimento de Charlie e esperando que sua esperança e paixão pela paleontologia continue".
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