Mãe vai parar na delegacia por dar cobertor da classe executiva ao filho durante voo
Problemas em voos têm se tornado cada vez mais comuns, e qualquer pequeno detalhe pode acabar transformando a viagem em um pesadelo. Desta vez, um caso que aconteceu no Panamá chama atenção pela insensibilidade da companhia aérea: uma mulher foi expulsa do avião apenas por ter pegado um cobertor da classe executiva e passado para o filho, que estava na classe econômica.
Sara Celeste Farfan Garcia relatou o ocorrido em seu Facebook. Ela estava em um voo da empresa panamenha Copa Airlines, que partiria em 15 de julho da Cidade do Panamá com destino a Lima, no Peru. Como fazia parte do clube de fidelidade da companhia, conseguiu um assento na classe executiva, enquanto o restante de seus familiares ficou na classe econômica.
Ela alega que foi confrontada por uma das aeromoças quando tentou passar o cobertor para seu filho. Segundo seu relato, ela teria sido impedida pela comissária, além de agredida física e verbalmente.
“Quando passei a manta para meu filho, uma senhorita se aproximou de mim, disse que eu não poderia fazer aquilo e arrancou o cobertor de minhas mãos. Pedi para ela ter consideração, porque o ar condicionado é muito frio, mas ela não se comoveu, começou a me agredir verbalmente e me empurrou de volta para a classe executiva”, afirma Sara.
Após o incidente inicial, ela disse que não foi mais atendida pela tripulação e que a polícia foi chamada para dentro da aeronave: “Fomos tratados como delinquentes. A aeromoça ainda nos agrediu verbalmente mais uma vez quando saíamos do avião, dizendo que eu a havia machucado”. Em um vídeo, é possível ver três oficiais cuidando do caso, ainda no avião.
Agora, Sara promete processar a Copa Airlines, não só pelo ‘dano psicológico’ causado ao filho, como também pelo fato de ter sido retirada do avião pela polícia e encaminhada para uma delegacia.
A versão da companhia
Em comunicado, a Copa Airlines negou todas as acusações feitas pela passageira e a acusou de ter agido de forma agressiva com a tripulação, que só estava cumprindo com seus deveres, de acordo com o "The Telegraph".
“Como resultado desta situação, nossa comissária sofreu danos físicos, que foram confirmados por um médico que a atendeu no desembarque. Além disso, as alegações de que o cobertor foi arrancado da criança são inverídicas. A Copa Airlines jamais tratou mal qualquer de seus passageiros, e lamenta os incidentes ocorridos no voo CM761”.
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