Após sancionar a Venezuela, Casa Branca recua e diz que não prevê ação militar em "futuro próximo"
Após anunciar a ordem executiva que proíbe negociações de novas dívidas e de capital emitidas pelo governo da Venezuela e pela petroleira estatal PDSVA, a Casa Branca confirmou que não prevê uma ação militar contra o país sul-americano "em um futuro próximo". A informação foi dada pelo general H. R. McMaster, conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump.
A informação sobre a possibilidade de uma ação militar contra a Venezuela foi dada pelo próprio presidente Trump há algumas semanas, afirmando que todas as opções estariam disponíveis, incluindo a de uso militar.
"Avaliamos uma ampla gama de opções. Qualquer decisão será tomada em acordo com nossos parceiros na região. Nenhuma ação militar está proposta no futuro próximo", declarou o general HR McMaster, assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump.
"Demos uma série de opções integradas para o presidente", disse McMaster durante entrevista na Casa Branca. "O presidente pediu para nos anteciparmos a uma deterioração maior na Venezuela. Um regime autocrático está sendo implementado no país", afirmou o general.
Em declarações aos jornalistas, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, reiterou que as sanções não ferem o povo venezuelano, mas a estrutura financeira do governo. "O país vive uma catástrofe, e Maduro não pode continuar tirando vantagem do sistema financeiro americano", disse Mnuchin.
As sanções, anunciadas mais cedo pela Casa Branca, representam a primeira medida contra o sistema financeiro do país e proíbe também negociações de certos bônus existentes do setor publico venezuelano, assim como pagamentos de dividendos ao governo de Nicolas Maduro. "Para mitigar os danos aos americanos e aos venezuelanos, o Departamento do Tesouro publicará licenças gerais que permitem transações que, de outra maneira, estariam proibidas pela ordem executiva", indicou a Casa Branca em comunicado.
"Os EUA não permitirão que uma ditadura ilegítima tome posse no hemisfério ocidental", disse Mnuchin. "O que o presidente fez foi deixar claro que a situação existente é insustentável".
"Essas medidas foram cuidadosamente calibradas para tirar de Maduro uma fonte crítica de financiamento para manter seu governo ilegítimo, proteger o sistema financeiro dos EUA de cumplicidade com a corrupção da Venezuela e do empobrecimento do povo venezuelano, mas permitindo a assistência humanitária", indicou a ordem executiva.
No início de agosto, os EUA anunciaram uma lista de sanções contra funcionários do governo da Venezuela, entre eles Adán Chávez, irmão do ex-presidente Hugo Chávez, reforçando a pressão sobre o país após a instalação da Assembleia Nacional Constituinte.
A Constituinte, formada só por chavistas, é considerada pelos EUA, por parte da comunidade internacional e pela oposição como ilegítima.
Os EUA afirmaram que manterão as sanções até que a Venezuela restaure a democracia, mas, até o momento, o Departamento do Tesouro não aplicou sanções diretas ao setor petroleiro, núcleo da economia venezuelana, como a proibição à importação de produto. (Com agências internacionais)
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