Análise: Coreia do Norte pode ter dificuldade para derrubar jatos dos EUA
Passou quase meio século desde que a Coreia do Norte derrubou um avião militar dos EUA. Seus generais podem descobrir que atualmente a tarefa é ainda mais difícil.
Na segunda-feira, o chefe da diplomacia norte-coreana disse que os alertas do presidente dos EUA, Donald Trump, a Pyongyang são uma declaração de guerra e afirmou que seu país teria o direito de derrubar aviões de guerra dos EUA no espaço aéreo internacional. Dois dias antes, os EUA haviam enviado caças e bombardeiros ao ponto mais ao norte da zona desmilitarizada alcançado ao largo da costa da Coreia do Norte neste século.
Os EUA decidiram dar publicidade à demonstração de força porque os radares da Coreia do Norte não detectaram a aeronave, informou a Yonhap News, citando Lee Cheol-woo, chefe do comitê de inteligência do Parlamento da Coreia do Sul.
O exército de Kim Jong Un poderia atingir caças dos EUA com seus aviões de guerra ou com mísseis terra-ar. Em 1969, caças MiG norte-coreanos derrubaram um avião de reconhecimento desarmado EC-121 dos EUA sobre o Mar do Japão, a cerca de 145 quilômetros da costa, matando 31 pessoas.
As duas opções têm seus problemas, segundo Park Dae-kwang, pesquisador que estuda as capacidades da força aérea da Coreia do Norte no Instituto Coreano de Análises de Defesa (KIDA). Um dos principais obstáculos é a incapacidade da Coreia do Norte de reabastecer seus aviões de combate no ar, disse ele.
"Não é fácil ir além de seu espaço aéreo e derrubar o avião do inimigo sem ter um sistema de fornecimento de combustível no ar e eu não acredito que o Norte o tenha", disse Park.
O Departamento de Defesa dos EUA estimou em 2015 que a Coreia do Norte conta com 1.300 aviões, a maioria modelos da era soviética. Com uma frota que mostra sua "inferioridade tecnológica", a defesa aérea do país é formada principalmente por mísseis terra-ar e artilharia antiaérea, informou o relatório.
Também não está claro se a Coreia do Norte poderia derrubar os jatos dos EUA com mísseis terra-ar.
"Uma vez que o avião dos EUA é detectado pelo Norte, não só o bombardeiro, mas também os jatos de escolta, são alertados sobre a detecção", disse Park. "O bombardeiro pode realizar sua missão de forma estável enquanto os jatos de escolta o protegem dos mísseis de interceptação."
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