Em mensagem antes da eleição, agente do FBI disse que impediria Trump de chegar à Presidência
Um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos referente a ações do FBI em investigações relacionadas a Hillary Clinton e Donald Trump revelou que um agente da instituição sugeriu, em uma mensagem escrita três meses antes da eleição presidencial de 2016, que impediria que o candidato republicano fosse eleito à Casa Branca.
De acordo com o relatório, que teve trechos divulgados no jornal "The Washington Post", o agente em questão era o investigador Peter Strzok. Em uma troca de mensagens em agosto de 2016 com a advogada do FBI Lisa Page, com quem tinha um relacionamento na época, os dois demonstraram uma posição contrária a Trump.
"[Trump] Não vai virar presidente nunca, certo? Certo?", escreveu Lisa Page. "Não. Ele não vai. Vamos impedir isso", respondeu Strzok, apontado pelo "Washington Post" como investigador central de dois importantes inquéritos do FBI: a apuração sobre os e-mails vazados de Hillary Clinton, antes da eleição de 2016, e a posterior investigação de um possível complô entre membros da campanha de Donald Trump e agentes russos nessa mesma eleição.
Strzok foi dispensado do trabalho nas investigações após essas acusações.
Desde o início da investigação sobre a ligação russa e membros de sua campanha, Trump acusa o FBI de parcialidade. Segundo ele, agentes da instituição e políticos democratas comandam uma operação de "caça às bruxas" para lhe tirar da Presidência.
O principal alvo do presidente é James Comey, diretor da FBI até o ano passado e que comandou as duas investigações antes de ser demitido por Trump. Comey também é criticado no relatório do Departamento de Justiça, de acordo com o "Washington Post".
Hoje, a investigação russa é comandada pelo procurador independente Robert Mueller, que foi diretor do FBI antes de Comey e também é alvo de críticas de Trump.
Apesar de o relatório servir de munição para as acusações do presidente contra o FBI, ele não sustenta a argumentação de que os agentes favoreceram Hillary Clinton na investigações sobre o vazamento de seus e-mails. De acordo com o "Washington Post", o Departamento de Justiça não conseguiu comprovar essa acusação de Trump e seus aliados.
Hillary, por sua vez, disse que o inquérito do FBI foi prejudicial para sua campanha e acabou sendo fundamental para que ela fosse derrotada por Trump nas eleições de 2016.
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