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EUA denunciam 12 agentes russos por interferência em eleição 3 dias antes de cúpula Trump-Putin

Rod Rosenstein (centro), vice-secretário de Justiça e procurador-geral adjunto dos EUA - Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
Rod Rosenstein (centro), vice-secretário de Justiça e procurador-geral adjunto dos EUA Imagem: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

13/07/2018 13h57Atualizada em 13/07/2018 17h42

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos denunciou 12 agentes de inteligência da Rússia nesta sexta-feira (13), acusados de tentar interferir na eleição presidencial norte-americana de 2016, vencida por Donald Trump. A denúncia ocorre três dias antes do encontro entre Trump e Vladimir Putin, presidente da Rússia, em Helsinki, na Finlândia.

Todos os denunciados são considerados parte do Departamento Central de Inteligência de Moscou. Segundo a denúncia, os agentes invadiram redes de computadores de comitês do Partido Democrata e da campanha presidencial de Hillary Clinton, que perdeu a eleição para Trump, e divulgaram esses e-mails na internet meses antes da eleição, com a intenção de ajudar o empresário.

Na época, as mensagens, divulgadas pelo WikiLeaks, indicavam um suposto favorecimento da legenda a Hillary em detrimento do senador Bernie Sanders, seu adversário nas primárias democratas. O caso provocou a renúncia da chefe do comitê do partido, Debbie Wasserman.

Além de investigar a interferência russa na eleição, a equipe do FBI, comandada pelo procurador independente Robert Mueller, também apura se houve complô entre os agentes de Moscou e membros da campanha de Trump.

Quem divulgou os detalhes foi Rod Rosenstein, vice-secretário de Justiça (e procurador-geral adjunto) - o titular, Jeff Sessions, se declarou impedido de comandar o inquérito sobre os russos. "A internet permite que adversários estrangeiros ataquem americanos de maneiras novas e inesperadas", afirmou.

Rosenstein, que disse ter avisado Trump sobre as denúncias, afirmou que não já qualquer informação de que as invasões de hackers tenham alterado a contagem dos votos ou de que cidadãos norte-americanos tiveram comunicação intencional com os agentes russos.

O inquérito do "caso Rússia" é constantemente atacado por Trump, que chama a investigação de "caça às bruxas". De acordo com o presidente, a equipe comandada por Robert Mueller já se mostrou parcial no caso, protegendo Hillary e prejudicando Trump.