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Velha como seus carros, Havana vê mudanças chegarem em marcha lenta

Do UOL, em São Paulo*

15/08/2018 04h01

Os carros que circulam pelas ruas de Havana, a capital de Cuba, são um retrato da cidade: velhos, parecem continuar funcionando por um milagre. Vez ou outra, passam por reparos, mas as mudanças chegam em marcha lenta.

“Os carros clássicos que você vê aqui em Havana são dos anos 1950, 1940, são carros velhos. Para que estejam assim você tem que fazer muito. Mantê-los tão bem custa muito”, disse à AFP Yoisel Fernández, taxista.

Desde 1960, Cuba vive sob embargo comercial dos Estados Unidos, como resposta às expropriações que o governo cubano realizava sobre bens de cidadãos e empresas dos Estados Unidos.

Fachada do shopping de luxo Manzana de Gomez, em Havana - Ramon Espinosa/AP Photo - Ramon Espinosa/AP Photo
Fachada do shopping de luxo Manzana de Gomez, em Havana, na Cuba
Imagem: Ramon Espinosa/AP Photo
Com isso, o país tem dificuldade para importar não apenas carros, mas peças para repará-los - e para reparar suas ruas e edificações.

“Havana não é apenas uma ruína romântica, nem tampouco é só uma cidade de carros antigos americanos, nem uma cidade de rumba e palmeiras. Havana é uma representação como a capital de Cuba, uma cultura forte", disse à AFP Eusébio Leal, historiador.

Em 2019, a capital celebrará 500 anos e, para isso, organiza um plano de recuperação do seu centro urbano. Também no ano que vem, os cubanos votarão no referendo que aprovará a nova Constituição do país.

O documento propõe mudanças importantes, como direito à propriedade privada e abre espaço para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. São novidades que talvez acelerem a velocidade das transformações vividas em Cuba.

Com AFP e EFE