Guaidó diz que militares não devem lealdade a quem queima comida
Em novo pronunciamento oficial feito na Colômbia, na noite de hoje, o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou que a ditadura de Nicolás Maduro age com "sadismo" ao queimar caminhões carregados de ajuda humanitária.
Guaidó voltou a fazer um apelo direto aos militares venezuelanos, ao afirmar que eles não devem lealdade nem obediência a Maduro.
"Mandaram queimar a comida necessária para o povo. Senhores da Forças Armadas, vocês não devem lealdade a quem queima comida na frente de famintos. Nós vimos que queimaram remédios à frente de enfermos. Os senhores não lhes devem nenhum tipo de obediência", afirmou Guaidó. Segundo ele, militares lhe contaram que "80% das Forças Armadas rechaçam Maduro". O chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, disse que 60 oficiais solicitaram refúgio na Colômbia e desertaram do Exército venezuelano.
O governo de Maduro negou que tenha sido ação da Guarda Nacional Bolivariana o incêndio dos caminhões que continham a ajuda humanitária. Guaidó disse que os ataques foram de "grupo armados irregulares" e "que se dizem policiais".
Ainda chamou Maduro de "assassino por ação e omissão" e disse que os que bloqueiam os caminhos da liberdade estão no Palácio de Miraflores, que é a sede do governo federal na Venezuela.
Pela segunda vez no dia, ele falou à imprensa na fronteira entre os dois países acompanhando de Iván Duque, o presidente colombiano, que fez um pronunciamento breve antes.
"O mundo pôde ver como se queimaram alimentos e remédios que poderiam salvar vidas de nossos irmãos venezuelanos", disse Duque.
Na segunda, Guaidó e Duque participam de uma reunião do chamado Grupo de Lima, que são críticos a Maduro. Também estarão presentes vários chanceleres, entre eles, o brasileiro Ernesto Araújo, e Mike Pence, vice-presidente dos EUA.
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