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Ataque a tiros deixa um morto e três feridos em sinagoga nos EUA

27.abr.2019 - Polícia isola a sinagoga de Chabad, em Poway, na Califórnia - John Gastaldo/Reuters
27.abr.2019 - Polícia isola a sinagoga de Chabad, em Poway, na Califórnia Imagem: John Gastaldo/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

27/04/2019 18h09Atualizada em 27/04/2019 21h47

Uma mulher morreu e três pessoas ficaram feridas hoje depois de um ataque a tiros em uma sinagoga em Poway, na Califórnia (EUA). A polícia deteve J. E., um rapaz de 19 anos, suspeito de praticar a ação.

O prefeito de Poway, Steve Vaus, confirmou a situação e chamou o caso de "crime de ódio". "Temos uma morte. O rabino recebeu um tiro na mão. Nenhuma das outras lesões é potencialmente mortal", disse o mandatário.

A polícia informou no Twitter que o suspeito não tinha antecedentes criminais, mas que investiga a eventual participação dele no incêndio de uma mesquita. Os policiais também apuram a autenticidade de um manifesto online que poderia estar relacionado ao atirador. Ele teria usado um fuzil AR e gritado insultos enquanto fazia os disparos.

Poway é uma pequena cidade de apenas 50 mil habitantes, que fica 30 quilômetros ao norte de San Diego. Segundo o xerife de San Diego, Bill Gore, a polícia foi chamada pouco antes das 11h30 locais (15h30 de Brasília).

Páscoa judaica

As vítimas retiradas do templo foram levadas para o centro médico Palomar. Na sinagoga, era realizada uma cerimônia do Pessach, a Páscoa judaica. A celebração começara havia meia hora.

De acordo com testemunhas, o rabino continuou pregando a paz mesmo depois de ser baleado. Depois, ele foi socorrido e teve de passar por uma cirurgia. Os outros feridos são um homem de 34 anos e um menor de idade.

Depois do ataque, a polícia local prometeu reforçar a segurança em locais de culto durante o fim de semana.

"Neste momento, parece um crime de ódio. Minhas mais profundas condolências a todos os afetados", afirmou, em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "As forças policiais fizeram um ótimo trabalho", acrescentou.

O tiroteio acontece seis meses depois que um homem armado gritando "todos os judeus devem morrer" invadiu uma sinagoga de Pittsburgh, matando 11 fiéis e ferindo outras seis pessoas, incluindo quatro policiais, antes de ser preso. Este é considerado o ataque mais mortífero contra a comunidade judaica na história dos Estados Unidos. (Com agências internacionais)