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Cônsul chamou chaveiro para abrir casa onde família morreu no Chile

Bombeiros chilenos fazem vistoria em prédio onde uma família brasileira foi encontrada morta, supostamente intoxicadas por monóxido de carbono - La Tercera
Bombeiros chilenos fazem vistoria em prédio onde uma família brasileira foi encontrada morta, supostamente intoxicadas por monóxido de carbono Imagem: La Tercera

Alex Tajra

Do UOL, em São Paulo

23/05/2019 18h27

O cônsul-adjunto do Brasil no Chile, Ezequiel Petersen, teve de chamar um chaveiro para abrir a porta do apartamento onde estava hospedada a família de seis brasileiros que morreram ontem no Chile.

Durante a tarde, uma das vítimas enviou uma mensagem de áudio para um familiar em São Paulo afirmando que não se sentia bem.

Por volta das 15h, um familiar no Brasil contatou a diplomacia brasileira no Chile. Uma hora e meia depois, Petersen chegou ao local e teve de arrombar a porta para conseguir entrar no local.

"Quando entramos, sentimos um cheiro de gás e abrimos as janelas", disse o cônsul-adjunto em entrevista ao jornal chileno El Mercurio.

A família viajou ao Chile no último domingo (19), e o apartamento onde estavam alocados fora alugado de uma pessoa que não seria a real proprietária do imóvel, segundo informações do jornal. "Tanto a proprietária do apartamento quanto a que o sublocava estão sujeitas a prestar depoimentos", disse à publicação Carlos Albornoz, investigador chileno.

Família catarinense - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
As redes sociais de Débora e Fabiano possuem várias fotos de passeios e viagens em família
Imagem: Reprodução/Facebook
Após retirar os corpos da família do apartamento, o Corpo de Bombeiros pediu que todos os moradores deixassem o prédio. Não foram registradas outras vítimas.

Felipe Nascimento de Souza, 13, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, Fabiano de Souza, 41, e Karoliny Nascimento de Souza, 14, foram encontrados mortos em um apartamento na rua Santo Domingo, centro de Santiago. Os tios de Karoliny, Jonathas Nascimento Kruger, 30 (irmão da mãe), e Adriane Padilha Krueger, também morreram. A principal suspeita é intoxicação por monóxido de carbono.

A família havia ido à capital chilena para comemorar o aniversário de 15 anos de Karoliny. O aplicativo Airbnb, pelo qual a família alugou o apartamento, informou que custeará o traslado dos corpos.

O Ministério das Relações Exteriores disse que aguarda identificação oficial das vítimas por parte das autoridades chilenas. A pasta afirmou por meio de nota que acompanha o caso e está em contato com familiares no Brasil e com as autoridades que investigam as circunstâncias do ocorrido.

A família estava prestes a voltar para casa porque a mãe de Jonathas e Débora havia morrido na madrugada da quarta, em Florianópolis. O corpo da mãe estava sendo velado quando a família morreu no apartamento em Santiago.

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