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Navio naufragado no Império Romano é encontrado com 6 mil peças de vasos

Junto ao navio foram encontradas cerca de 6 mil peças de ânforas, vasos utilizados no Império Romano - Reprodução/Ionian Aquarium
Junto ao navio foram encontradas cerca de 6 mil peças de ânforas, vasos utilizados no Império Romano Imagem: Reprodução/Ionian Aquarium

Do UOL, em São Paulo

16/12/2019 15h02

Arqueólogos encontraram um navio romano que teria naufragado há dois mil anos no Mar Mediterrâneo. Junto à embarcação foram achados diversos vasos de terracota usados no Império Romano para o transporte de vinho e azeite.

Os destroços do navio de 35 metros foram encontrados a cerca de 60 metros de profundidade durante uma pesquisa com sonar no fundo do mar da costa de Cefalônia, uma ilha na costa da Grécia. Junto ao navio foram encontrados 6 mil peças dos vasos, datadas entre 100 a.C. e 100 d.C.

Esse foi considerado o maior naufrágio da época clássica e o quarto já encontrado no Mediterrâneo. A pesquisa foi realizada pela Oceanus, da Universidade de Patras e financiada pelo programa Interreg da União Europeia. Os resultados foram publicados no Journal of Archaelogical Science.

"A carga de ânforas [os vasos], visível no fundo do mar, está em muito bom estado de conservação e o naufrágio tem o potencial de fornecer uma riqueza de informações sobre rotas de navegação, comércio, estiva de cascos de ânforas e construção de navios durante o período relevante", escreveram os pesquisadores.

Uma reprodução do barco se encontra atualmente no Ionian Aquarium em Cefalônia. Segundo os pesquisadores, os naufrágios da era clássica são difíceis de discernir com o sonar, pois ficam perto do fundo do mar e geralmente podem ser escondidos por características naturais. O porão de carga está encalhado seis pés abaixo do solo.

O que empolga os arqueólogos, na verdade, é o achado dos vasos. À rede americana CNN, o pesquisador George Ferentinos disse que recuperar os destroços do navio é um trabalho "muito difícil e caro". Em vez disso, eles querem "recuperar uma ânfora e usar técnicas de DNA para descobrir se ela estava cheia de vinho, azeite, nozes, trigo ou cevada".

O próximo passo agora é encontrar um investidor que financie atividades mergulhos até os destroços.