Onda de calor extremo coloca regiões da Austrália em estado de emergência

A primeira-ministra de Nova Gales do Sul, na Austrália, anunciou hoje que a região está em estado de emergência pelos próximos sete dias. Gladys Berejiklian disse estar preocupada com a "imprevisibilidade do clima" e tomou a decisão após ser aconselhada pelo chefe do Corpo de Bombeiros local, Shane Fitzsimmons.

É a segunda vez em um mês que Nova Gales do Sul, onde está localizada Sydney, entra em estado de emergência por conta do calor extremo.

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Em entrevista coletiva, segundo o The Guardian, Berejiklian também admitiu que a situação pode atrapalhar viagens durante os feriados de Natal e Ano Novo. "Queremos que todos estejam com suas famílias, se divirtam e fiquem em segurança, mas, por favor, entendam que o estado de emergência pode levar a bloqueios [de ruas] extras", explicou.

A primeira-ministra ainda afirmou que sua maior preocupação é a imprevisibilidade do tempo na região, que promete "ventos fortes e temperaturas extremamente quentes". "Não tomamos esse tipo de iniciativa à toa. Só quando as condições são tão graves que queremos que todos fiquem atentos."

Também presente na coletiva, Fitzsimmons explicou que as condições climáticas continuarão "perigosas" nos próximos dias e que a previsão indica que sábado "será ainda pior". "Os maiores riscos de incêndio que esperamos hoje [sexta-feira, 19, pelo fuso local] se concentram na Grande Sydney e ao sul de Nova Gales do Sul", disse.

Atualmente, três incêndios florestais preocupam os bombeiros: Currowan, próximo à cidade de Batemans Bay; Gospers Mountain, que se estende pela costa central até Lightgow; e Ruined Castle, que vai de Picton, passa por Blue Mountains e chega ao oeste de Nova Gales do Sul.

Principais pontos do estado de emergência

Com o estado de emergência, ainda de acordo com o Guardian, o governo de Nova Gales do Sul pode transferir poderes ao Corpo de Bombeiros local. Esses poderes incluem:

• Determinar como ou se as agências do governo devem cumprir suas funções;
• Controlar e coordenar a distribuição de recursos do governo;
• Bloquear estradas;
• Ordenar a suspensão de serviços essenciais, como distribuição de eletricidade, gás e água;
• Entrar ou tomar posse de propriedade privada em caso de emergência.