Itália supera marca de 200 mil casos de covid; primeiro-ministro faz alerta
A Itália superou hoje a marca simbólica de 200 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em um alerta, o primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que o relaxamento do isolamento social tem que ser gradual para evitar nova explosão de casos.
De acordo com balanço da Defesa Civil, o país contabiliza 201.505 casos, atrás apenas dos Estados Unidos (1 milhão) e da Espanha (232 mil) em termos absolutos.
A Itália também soma 27.359 mortes, após 382 óbitos registrados nesta terça, e 68.941 pacientes curados. Com isso, o total de casos ainda ativos caiu pelo segundo dia seguido, chegando a 105.205.
Desse total, 83.619 estão em isolamento domiciliar; 19.723 pacientes estão internados; e 1.863 seguem em UTIs, após a 25ª queda consecutiva na estatística.
Em quarentena desde 10 de março, a Itália já iniciou um percurso de retomada das atividades econômicas e sociais, com a reabertura de livrarias, papelarias e lojas de produtos para crianças na maior parte do país.
A partir de 4 de maio, os italianos também poderão voltar a frequentar parques, a comprar comida para viagem e a realizar funerais, desde que respeitadas normas de distanciamento e higiene. Já as escolas devem reabrir apenas em setembro, no início do ano letivo.
O programa de saída da quarentena frustrou parte dos italianos, que esperavam medidas mais agressivas, aumentando a pressão para o primeiro-ministro Giuseppe Conte acelerar o cronograma de reabertura. Um grupo de parlamentares de extrema direita chegou a protestar em frente à sede do governo na tarde de hoje, mas Conte segue irredutível e se apoia nos pareceres de um comitê científico que o assessora no combate à pandemia.
"Anunciamos alguns passos adiante. Não é suficiente para alguns, mas não podíamos fazer mais", disse o premiê nesta terça, acrescentando que o risco de retorno do contágio "é muito concreto".
"O risco do retorno do contágio, com uma nova explosão de focos, é muito concreto e é a razão que nos leva a adotar um afrouxamento das medidas com muita prudência. Não podemos permitir que haja uma situação fora de controle", afirmou Conte durante sua visita à cidade de Lodi, que fica na Lombardia, a região mais afetada pela pandemia.
"Sou o primeiro a querer afrouxar as medidas, mas por enquanto, é assim que precisamos proceder", ressaltou aos presentes.
De acordo com Conte, a realização dos testes para detectar tanto a covid-19 como a presença de anticorpos são fundamentais para "construir um patrimônio informativo que nos permitirá andar nesta segunda fase com maior prudência e segurança".
Economia
Giuseppe Conte ainda pediu aos bancos um "ato de amor" para garantir liquidez a empresas em dificuldade por conta da pandemia do novo coronavírus, que paralisou a economia do país.
"É um ato de amor que peço ao mundo bancário", disse Conte, em um apelo para que o sistema financeiro "faça um grande esforço" para ajudar as empresas.
"Tentem ir ao encontro desses pedidos, tentem liberar esses recursos. Já há uma resposta, mas ela precisa ser mais incisiva, rápida e tempestiva", declarou. O governo já aprovou um decreto para agilizar a concessão de empréstimos, de modo a tentar estimular uma economia paralisada.
Segundo previsões do próprio governo, o PIB da Itália deve cair pelo menos 8% em 2020, mas a contração pode ser ainda pior caso a pandemia avance pelo segundo semestre.
*Com informações da agência ANSA
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