Covid-19: professora morre após paramédico dizer que era ataque de pânico
A professora Rana Zoe Mungin, de 30 anos, morreu ontem nos Estados Unidos após sofrer complicações decorrentes da covid-19, doença causada pelo coronavírus. Embora ela tivesse febre, dificuldade para respirar e comorbidades, um paramédico achou que fosse só um ataque de pânico.
Com asma e hipertensa — condições que a colocavam no grupo de risco —, Rana foi dispensada do pronto-socorro duas vezes antes de seu estado de saúde piorar, mas sua irmã, a enfermeira Mia, brigou para que ela tivesse o melhor atendimento possível.
"O paramédico insinuou que ela estivesse tendo um ataque de pânico. Ela ficou dizendo: 'Eu não consigo respirar'", disse a irmã ao site de notícias PIX11, de Nova York. Em outra tentativa, um médico disse que ela não seria testada para covid-19 porque não havia testes suficientes.
Em 20 de março, cinco dias depois de procurar ajuda contra a covid-19 pela primeira vez, Rana Zoe finalmente foi aceita no Hospital Brookdale. Porém, naquele momento, sua condição respiratória já estava muito pior e precisou de intubação e ventilador.
A professora não foi escolhida para passar por testes com a substância Remdesivir, mas foi transferida ao hospital Mount Sinai, em Manhattan, e teve evolução; ela chegou a acordar e abrir os olhos em 18 de abril.
Com Rana Zoe acordada, os médicos tentaram fazê-la respirar sem o ventilador. No entanto, ontem, ela não resistiu e foi a óbito. "Ela lutou uma longa luta, mas o corpo dela já estava muito fraco", lamentou a irmã Mia pelo Twitter.
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