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Reino Unido prepara plano de reabertura de escolas e volta de trabalhadores

Sala de aula vazia na Europa durante pandemia do novo coronavírus - Julian Stratenschulte/picture alliance via Getty Images
Sala de aula vazia na Europa durante pandemia do novo coronavírus Imagem: Julian Stratenschulte/picture alliance via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

30/04/2020 17h58

O Reino Unido registrou 674 mortes causadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, mas o primeiro-ministro Boris Johnson acredita que o "pico" — isto é, a pior fase de contágio — já foi superada pelo país. Por isso, os ingleses devem apresentar na semana que vem um plano de reabertura de escolas e o retorno de trabalhadores ao serviço.

Ele anunciou que o governo deve publicar na semana que vem o que chama de "plano compreensivo" que definirá como a nação pode "continuar suprimindo a doença e, ao mesmo tempo, reiniciar a economia". Isto incluirá escolas e locais de trabalho seguros.

Boris Johnson afirmou, porém, que tais medidas só serão colocadas em prática quando o governo estiver confiante de que a pandemia está sob controle na Inglaterra. O que será apresentado na semana que vem é apenas o plano detalhando os próximos passos.

"O que nós teremos na semana que vem é um mapa, um menu de opções. As datas de cada medida individual serão definidas com base em como estamos na epidemia. Nós estamos recebendo muito mais dados atualmente para lidar com o vírus", explicou Boris.

Gavin Williamson, secretário de Educação do governo britânico, disse que o governo está examinando planos para reabrir as escolas em "fases".

Ciência pede cautela com escolas

No mesmo dia em que o governo inglês falou sobre um plano para reabrir as escolas, a imprensa britânica repercutiu um estudo feito pelo virologista alemão Christian Drosten. O jornal The Guardian alertou que, de acordo com o trabalho do especialista, crianças têm a mesma chance de transmitir o vírus do que qualquer adulto.

"Nós precisamos ter cuidado com uma reabertura ilimitada de escolas e jardins de infância na situação presente, com uma população altamente susceptível e a necessidade de manter a taxa de transmissão baixa. Crianças podem infectar os outros tanto quanto adultos", disse Christian Drosten em declaração reproduzida pelo The Guardian.