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Diretora de saúde de Madri se demite por discordar do fim do isolamento

8.out.2020 - Diretora de saúde da comunidade de Madri, Yolanda Fuentes, em entrevista a jornalistas - Denis Doyle/Getty Images
8.out.2020 - Diretora de saúde da comunidade de Madri, Yolanda Fuentes, em entrevista a jornalistas Imagem: Denis Doyle/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

07/05/2020 15h16Atualizada em 07/05/2020 15h17

A diretora de saúde pública da comunidade autônoma de Madri, Yolanda Fuentes, pediu demissão hoje em protesto à decisão do governo de afrouxar a política de bloqueio total ("lockdown"), adotada para conter o avanço do novo coronavírus.

Fuentes, segundo reportado pelo El País, se opõe ao que considera um relaxamento prematuro das medidas de distanciamento social. A comunidade de Madri —que engloba, além da capital de mesmo nome, mais 178 cidades— é o epicentro da pandemia na Espanha, com mais de 67 mil casos e 15 mil mortes por covid-19.

A próxima etapa do afrouxamento das restrições está marcada para começar na próxima segunda-feira (11). A chamada "Fase 1", de acordo com o The Guardian, vai permitir a reabertura de pequenos negócios e de 30% da capacidade dos terraços de bares e restaurantes.

Hotéis e outras acomodações turísticas também poderão reabrir, exceto pelas áreas comuns.

A decisão de Madri provocou espanto em outras comunidades, como a de Castela e Leão, onde estão localizadas as cidades de Salamanca, Segóvia e Valladolid, por exemplo. A comunidade, ainda segundo o El País, decidiu não aderir à Fase 1, mesmo tendo situação mais confortável que a região madrilenha.

"Nunca na minha vida política pensei que diria isso, mas me assusta admitir que Torra foi mais sensato [que Madri]", disse Francisco Igea, médico e vice-presidente de Castela e Leão, se referindo a Quim Torra, presidente da região da Catalunha, que também não adotará o afrouxamento do isolamento.