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Eduardo Bolsonaro questiona casos nos EUA e diz que há 'supernotificação'

6.mai.2020 - Contra a disseminação do novo coronavírus, funcionária limpa vagão do metrô em Nova York, nos Estados Unidos - Lev Radin/Anadolu Agency via Getty Images
6.mai.2020 - Contra a disseminação do novo coronavírus, funcionária limpa vagão do metrô em Nova York, nos Estados Unidos Imagem: Lev Radin/Anadolu Agency via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 10h55

O deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que os casos do novo coronavírus nos Estados Unidos não estão subnotificados e sim supernotificados. Em um post nas redes sociais, Eduardo questionou a mistura do número de pessoas mortas em decorrência da covid-19 e com o vírus.

"Diretora do Departamento de Saúde do estado de Illinois-EUA diz que se uma pessoa, por exemplo, morre por causa de câncer mas ao mesmo tempo tinha COVID, a morte é registrada como por COVID. Lá não há subnotificação e sim super notificação", postou ele em seu perfil no Twitter.

A publicação do deputado foi compartilhada a partir do perfil da comentarista Candece Owens, comentarista e ativista política conservadora norte-americana. Quem fala no vídeo é a diretora do departamento de Saúde do estado de Illinois, doutora Ngozi Ezike, que explica como a contagem dos mortos vem sendo feita no estado. A gravação aparece com data de 19 de abril. O vídeo postado não mostra o início da fala e nem se a diretora estava respondendo a uma pergunta de algum jornalista.

"Quero esclarecer o termo 'pessoas morrendo de covid. A definição é muito simplista. Significa que na hora da morte, a pessoa havia testado positivo. Isso significa que se você estava no hospital e tinha algumas semanas de vida e você também foi diagnosticado com covid, a morte será contabilizada como sendo por covid", diz a diretora no vídeo.

"Isso significa, tecnicamente, que mesmo que você tenha morrido por uma causa alternativa, mas tinha covid, a morte será listada como causada por covid. Quem aparece na lista de mortos por covid, não quer dizer que essa foi a causa da morte, mas que eles tinham a covid no momento", completou ela.

Diretora refuta versão de números inflados

Ontem, em entrevista à rede americana NBC, a diretora Ezike voltou a comentar as mortes no estado americano. "Soube que algumas pessoas disseram que o número de mortes foi inflado. Em Illinois, estamos reportando apenas as mortes confirmadas pelos laboratórios", declarou Ezike.

A médica confirmou que foram contabilizadas algumas mortes de pessoas diagnosticadas com covid, mas que o vírus não teve relação com o óbito. Ela explicou que isso ocorreu antes e tais casos estão sendo revistos e serão excluídos das estatísticas.

"Nós estamos tentando remover esses casos de pessoas que testaram positivo, mas não morreram em decorrência da covid. Por exemplo, os casos óbvios como vítimas de tiroteios, acidentes de trânsito, sabemos que isso não tem relação com as estatísticas da covid. Mas no caso de pessoas mais velhas, ou que lutavam contra um câncer, é difícil não pensar que a infecção da doença associada ao vírus não tenha tido relação com a morte. Então esses casos continuam na lista", afirmou.

No último domingo, o estado de Illinois divulgou que o número de casos positivos saltou para 77.741, com 3.406 mortes. Os dados são do Departamento de Saúde Pública do estado. Nos Estados Unidos, até ontem, o número de mortos em decorrência do coronavírus somava 80.352.