The New York Times coloca nomes de mil vítimas da covid-19 na 1ª página
O "The New York Times" tentou, de forma única, comunicar aos leitores a "perda incalculável" de vidas na pandemia do novo coronavírus nos EUA. Na primeira página da edição de domingo, além de três folhas internas, o jornal de Nova York imprimiu o nome de em torno de mil vítimas da covid-19 no país.
Os EUA alcançaram ontem a marca de 94 mil mortes decorrentes do coronavírus, com mais de 1,6 milhão de casos. A manchete do NYT reflete os números: "Mortes nos EUA se aproximam de 100.000, uma perda incalculável".
"Eles não eram simplesmente nomes em uma lista. Eles eram nós", escreveu ainda o jornal na primeira página. O nome de cada uma das vítimas foi impresso com uma breve descrição de suas vidas.
Alguns exemplos: "Angeline Michalopulos, 92 anos, nunca teve medo de cantar ou dançar"; "April Dunn, 33 anos, era ativista pelos direitos das pessoas com deficiências"; e "Skylar Herbert, 5 anos, foi a vítima mais jovem do coronavírus em Michigan".
Equipe
Uma das editoras gráficas do "The New York Times", Simone Landon, falou em matéria do próprio jornal sobre a decisão de criar uma primeira página diferente de todas as já publicadas pela instituição.
"Nós ficamos procurando uma forma de reconhecer o tamanho desta tragédia. A capa também é uma resposta a um pouco de fadiga que estamos sentindo. Estamos cansados de números", comentou.
Dan Barry, jornalista veterano do "Times", definiu: "Imagine: uma cidade com 100.000 moradores, que estava lá na virada do ano, e agora não está mais".
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