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Estátua derrubada de vendedor de escravos era afronta, diz prefeito inglês

Manifestantes jogam estátua de Edward Colston no rio Avon, em Bristol - Giulia Spadafora/NurPhoto/AFP
Manifestantes jogam estátua de Edward Colston no rio Avon, em Bristol Imagem: Giulia Spadafora/NurPhoto/AFP

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 09h34Atualizada em 08/06/2020 12h56

O prefeito de Bristol, na Inglaterra, classificou como "afronta" a estátua de Edward Colston, um comerciante local que fez fortuna com o tráfico de africanos para realizar trabalho escravo nas Américas.

Ontem, manifestantes derrubaram a estátua durante um protesto contra o racismo em apoio ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e motivados pela morte do americano George Floyd, assassinado por um policial branco nos Estados Unidos.

Em entrevista à rede britânica Sky News, Marvin Rees disse que, como político eleito, não poderia "tolerar danos criminais", mas acrescentou: "Mas não posso negar, como filho de um migrante jamaicano, que a presença da estátua de um comerciante de escravos no meio da cidade era uma afronta pessoal para mim e pessoas como eu".

Rees afirmou que a estátua, jogada em um rio que corta a cidade, será recuperada e colocada em um dos museus locais. "O que aconteceu com esta estátua faz parte da história desta cidade", afirmou o prefeito.

A estátua de Edward Colston (1636-1721) foi erguida em 1895. Estima-se que ele tenha negociado o transporte de 84 mil homens, mulheres e crianças como escravos no final do século 17.