O casal japonês Rikiya e Ayumi Kataoka tiveram sua lua de mel atrapalhada pela pandemia do novo coronavírus. Vivendo há seis meses em Cabo Verde, os dois já tinham completado um terço de sua volta ao mundo quando a suspensão de voos de longa distância os deixou isolados no arquipélago.
Inicialmente, a viagem duraria um ano e passaria por cerca de 25 países. Antes de chegarem a Cabo Verde, porém, os dois visitaram apenas oito.
Vivendo na Ilha do Sal, Rikiya e Ayumi mantém um canal no Youtube e perfis nas redes sociais com o nome "Crazy Honeymoon" ("Lua de mel louca", na tradução livre). Neles, os dois compartilham vídeos dos momentos que estão vivendo no país.
Cinegrafista, Rikiya também mantém trabalhos de edição de vídeo e fotografia para clientes no Japão. Em entrevista à Reuters, ele explicou que no país tem trabalhado em troca de comida e hospedagem, por exemplo, já que não possui o visto específico.
"Sou cinegrafista, então queria conseguir alguns trabalhos aqui. Gravo muitas coisas em restaurantes e hotéis, como voluntário. Depois posto no Instagram e marco eles. Eles compartilham minhas postagens e, depois, muitos me oferecem um trabalho. Mas, obviamente, não tenho visto profissional, então não poderia receber dinheiro", contou.
E a aventura do casal não passou desapercebida em Cabo Verde. Os dois foram convidados pelo Comitê Olímpico Cabo-Verdiano para serem embaixadores do país na Olimpíada adiada para o próximo ano, em Tóquio, no Japão.
"Sentimos a necessidade de retribuir", disse Leonardo Cunha, chefe de missão de Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
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