Prostituta processa estado americano por perder clientela na quarentena
A prostituta americana Alice Little, que atua como ativista pelos direitos dos trabalhadores sexuais, está processando o estado de Nevada, onde vive, por tê-la impedido de trabalhar na quarentena.
Alice pede na ação que os bordéis do estado, onde fica a cidade de Las Vegas, sejam reabertos o mais rápido possível. Nevada é o único estado americano onde a prostituição é regulamentada.
O governador de Nevada, Steve Sisolak, fechou todos os bordéis junto com outros estabelecimentos em março. Em maio, os bares e restaurantes já estavam reabrindo sob algumas condições de segurança, mas os bordéis permanecem fechados até hoje. Alice afirma que isso é discriminação contra o seu trabalho.
Na ação, os advogados de Alice afirmam que os bordéis em Nevada proporcionam trabalho digno e seguro para seus empregados há 50 anos, e que o seu fechamento põe em risco a segurança financeira de trabalhadores sexuais.
"O governador de Nevada injustamente manteve os bordéis fechados enquanto permitiu outros estabelecimentos de alto contato social, como casas de massagem, SPAs e salões de beleza", disse Alice em uma vaquinha no site GoFundMe. Ela busca levantar dinheiro para pagar os advogados.
"Os bordéis regulamentados de Nevada mantêm os trabalhadores em segurança e providenciam um ambiente respeitoso e seguro há 50 anos para nós. Agora, somos a classe trabalhadora sob maior risco."
A reclamante sustenta que, se Sisolak não abrir os bordéis, ela e outros profissionais do sexo terão que poder atender seus clientes a domicílio ou em locais privados.
Em entrevista recente ao jornal local The Nevada Independent, o governador afirmou que a reabertura de bordéis não está no topo das prioridades no momento.
"Vamos cuidar para que as crianças possam voltar às aulas antes que os marmanjos possam voltar aos bordéis", disse o governador. "Em algum momento vamos cuidar disso, mas não num futuro imediato".
Alice Little é uma ativista pela legalização da prostituição em todo o território americano. Ela afirma ser a prostituta legalizada mais bem paga do país, com preço mínimo de US$ 2 mil por hora.
Alice afirmou à revista Insider ter escolhido a profissão dentre várias outras, disse ainda que é muito feliz com o que faz, e que se considera uma terapeuta sexual, que ajuda as pessoas a se reconectarem com sua intimidade.
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