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EUA: Prazo para questionar eleição acabou, dizem ex-secretários de Defesa

Vista aérea do complexo do Pentágono, nos EUA - AFP
Vista aérea do complexo do Pentágono, nos EUA Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

03/01/2021 22h54

Em reação às tentativas infundadas do presidente Donald Trump e de membros do partido Republicano de questionar a vitória de Joe Biden, todos os dez ex-secretários de Defesa americanos que estão vivos disseram que o prazo para questionar o resultado das eleições já acabou.

Os ex-secretários publicaram em conjunto neste domingo (3) um artigo de opinião no "Washington Post". O jornal revelou hoje que Trump pressionou a autoridade eleitoral da Geórgia para que fizesse uma recontagem de votos no estado em seu benefício. Biden venceu na Geórgia com 49,5%, ante 49.3% de Trump, uma diferença de 11.779 votos.

Entre os signatários do texto, estão inclusive dois ex-membros do governo Trump, Jim Mattis e Mark T. Esper. A lista inclui todos os chefes do Pentágono vivos até o ex-vice presidente Dick Cheney, que foi secretário de Defesa de George H.W. Bush. (1989-1993).

Um grupo de 11 senadores do partido Republicano planeja questionar a eleição de Biden no Congresso na próxima quarta-feira (6), quando os parlamentares vão se reunir para confirmar a vitória do democrata. Sem maioria, eles não terão votos suficientes para alterar o resultado, mas Trump, ainda assim, está incentivando seus apoiadores a viajar até Washington para protestar.

"Nossas eleições aconteceram. Recontagens e auditorias foram conduzidas. Todos os questionamentos apropriados foram apreciados pelos tribunais. Governadores certificaram o resultado. E o colégio eleitoral votou", escreveram os ex-secretários de Defesa no "Washington Post".

"O prazo para questionar o resultado passou; o prazo para a contagem formal dos votos do colégio eleitoral, como previsto na Constituição e no estatuto, chegou", prosseguiram.

Segundo o jornal, a Casa Branca não respondeu os pedidos de comentário sobre o artigo. A posse de Joe Biden está marcada para o dia 20 de janeiro.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no terceiro parágrafo do texto, Dick Cheney foi secretário de Defesa de George H.W. Bush de 1989 a 1993, e não 1983. A informação foi corrigida.