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Apelidado de 'Satã', míssil hipersônico russo entra em fase final de testes

O míssil hipersônico RS-18 Sarmat acoplado em uma base militar russa - Divulgação/Ministério da Defesa da Rússia
O míssil hipersônico RS-18 Sarmat acoplado em uma base militar russa Imagem: Divulgação/Ministério da Defesa da Rússia

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/01/2021 17h17

O governo russo anunciou em dezembro que o míssil RS-18 Sarmat entrou em fase final de testes. Conhecido como "Satã", o novo míssil hipersônico visa substituir o antigo SS-18 Voyevoda (de design soviético), viaja até cerca de 10 mil km e teria poder de fogo para destruir uma área do tamanho da França.

O projeto do míssil hipersônico começou durante os anos 2000 na Rússia, e, após uma série de atrasos, deve passar por testes finais em um campo de ensaios na Sibéria antes de ser homologado. A intenção do governo é adicionar a arma a Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia até 2022.

"O trabalho no Sarmat prossegue ativamente e agora está no estado final", disse Vladimir Putin, presidente da Rússia, à agência de notícias TASS.

A expectativa de ver o míssil pronto para voo é grande entre os militares russos, que acreditam que a nova arma será capaz de superar as mais modernas tecnologias antimísseis do mundo.

"Em virtude de suas capacidades, nenhuma arma de defesa antimíssil, mesmo a mais avançada, pode interceptar o RS-18 Sarmat", afirmou Alexey Krivoruchk, vice-ministro da defesa, para o jornal militar Krasnaya Zvezdar.

De acordo com o Ministério de Defesa da Rússia, o Sarmat será capaz de liberar 10 grandes ogivas termonucleares ou 16 menores. Porém, dependendo da estratégia e dos sistemas de defesas inimigos, uma combinação entre as ogivas poderá ser feita.

Vladimir Putin comemorou o início dos testes, e considerou a nova arma hipersônica como um avanço tecnológico comparável ao lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, realizado pelos russos em 1957.