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Ela faz trilha, rema e dirige para cuidar de idosos na Grã-Bretanha

Ela diz que amor por profissão compensa caminho perigoso - Reprodução/Facebook
Ela diz que amor por profissão compensa caminho perigoso Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/02/2021 16h07

Chegar ao trabalho pode ser uma tarefa árdua para muitas pessoas. Uma mulher que mora em uma ilha escocesa, porém, mostra que — talvez — nenhum trajeto seja tão perigoso e demorado como o dela para exercer sua profissão.

Vanessa Rochester, de 32 anos, trabalha na Grã-Bretanha, mas vive em uma ilha remota a cerca de duas horas de seu trabalho, em uma clínica da NHS (Serviço Nacional de Saúde) onde cuida de idosos.

Para chegar à clínica, a profissional da saúde caminha por 30 minutos uma trilha de 2,4 km para chegar às margens de um lago. Lá, nada de balsa! A mulher realiza a travessia de 300 m em um caiaque entre 5 e 10 minutos, usando um remo para se locomover sobre as águas.

Mas isso não é nem metade do caminho. Quando chegar ao outro lado, Vanessa ainda dirige sua caminhonete por mais 90 minutos. Ela diz que toda a saga para chegar ao trabalho tem nome: paixão pela profissão.

"Adoro trabalhar com pessoas idosa e é uma equipe muito boa com a qual eu trabalho. Além disso, significa que consigo ver outras pessoas, o que de outra forma não acontece muito (por morar em uma ilha particular)", diz Vanessa, que é casada com Jeff, de 48 anos, e tem um filho chamado Duke.

De acordo com o site britânico Metro, ela precisa remar quando a maré está alta, por volta das 5h45, o que pode ser perigoso. Em 13 de janeiro desse ano, a aventureira chegou a se perder ao voltar para casa durante a noite.

"Normalmente posso ser guiada pelo luar, mas (àquela) noite não aparecia a lua. Estava escuro, com um vento forte predominante e correntes muito intensas. Eu estava quase na metade do canal quando meu remo escorregou da trava e, ao parar para arrumá-lo, fui surpreendida pela correnteza e comecei a rodopiar", conta.

Quando se recompôs, já era tarde, e sua rota havia sido desviada. "Por fim, consegui me recuperar. Amarrei o barco na árvore, mas não tinha ideia de onde eu estava", relata. No lugar não tinha sinal de celular, restando a ela caminhar para entrar na área de cobertura e ligar para o seu marido, que, prontamente, lhe ajudou.

"Jeff colocou Duke nas costas e foi até a um local no qual conseguisse sinalizar com uma lanterna, para que eu a tivesse como referência", diz.

Ainda assim, ela diz que vale a pena seu trajeto para chegar ao lar de idosos: "Meu trabalho é muito importante para mim, especialmente nesta época (de pandemia de covid-19), então se eu usasse o clima como desculpa, nunca conseguiria trabalhar", encerra.