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Mafioso é preso ao ser reconhecido por tatuagens em canal do YouTube

O suposto mafioso italiano Biart detido por oficiais da Interpol após sete anos foragido - Reprodução/YouTube/Calabria News
O suposto mafioso italiano Biart detido por oficiais da Interpol após sete anos foragido Imagem: Reprodução/YouTube/Calabria News

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2021 12h26

Um fugitivo da máfia de Calábria, na Itália, foi descoberto na República Dominicana após as autoridades nacionais o reconhecerem como protagonista de um canal de culinária no YouTube. Os policiais, então, confirmaram a identidade do criminoso, por características como suas tatuagens, e rastrearam o foragido, efetuando sua prisão na quarta-feira (24).

Suspeito de tráfico de drogas, Marc Feren Claud Biart estava foragido há sete anos, de acordo com o jornal Calabria News. O homem de 53 anos foi encontrado na cidade de Boca Chica, próxima a Santo Domingo, capital da República Dominicana, graças ao canal de culinária que ele mantinha com a participação da esposa.

O canal de Biart no YouTube não teve o nome revelado, no entanto, há informação de que ele era focado em culinária italiana. Biart não mostrava o rosto nos vídeos, mas dava sua opinião sobre as receitas, exibindo algumas partes do corpo, incluindo tatuagens, que foram suficientes para as autoridades o reconhecerem como o italiano fugitivo.

Rastrear e prender Biart foi uma operação que demandou esforços da Diretoria Central de Polícia Criminal da Republica Dominicana, da Interpol e de várias forças policiais de outros dez países. De acordo com as autoridades, o foragido estava no país há mais de cinco anos.

Em 2014, o Tribunal italiano de Reggio Calabria emitiu uma ordem de prisão para Biart. Ele deixou de ser visto no país pouco tempo depois. As autoridades italianas dizem que Biart é membro da 'Ndrangheta', um importante sindicato do crime organizado que supostamente opera na Calábria.

Outros supostos membros do grupo criminoso foram recentemente presos após agências policiais unirem forças sob o projeto "Cooperação contra Ndrangheta", organizado pela Interpol.