Justiça foi feita e este caso será divisor de águas, diz família de Floyd

Para a família de George Floyd, homem negro que morreu após ser asfixiado por nove minutos no estado de Minneapolis, nos Estados Unidos, "o veredito de hoje vai muito além desta cidade e tem implicações significativas para o país e até mesmo para o mundo." Hoje, o ex-policial Derek Chauvin foi condenado pela morte de Floyd, A decisão unânime é do júri popular que analisou o caso.

O advogado Ben Crump e a família de Floyd divulgaram um comunicado após a condenação, dizendo que "a justiça dolorosamente conquistada chegou para a família de George Floyd e a comunidade". Diz, também, que o caso é como um divisor de águas na história americana e que "envia uma mensagem clara que esperamos ser ouvida com clareza em cada cidade e cada estado".

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A mensagem direcionou agradecimentos ao procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, e sua equipe, pela "intensa dedicação à justiça por George".

Os familiares de Floyd disseram, ainda, que não esquecerem que "os outros três oficiais que desempenharam seus próprios papéis na morte de George Floyd ainda devem ser responsabilizados por suas ações, também." Nesta parte, o comunicado refere-se aos policiais Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao, que estavam presentes quando Chauvin ficou com o joelho no pescoço de Floyd e não agiram para evitar a morte.

Chauvin foi condenado por assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo e saiu do tribunal algemado. A previsão é de que a sentença seja anunciada em oito semanas. Somadas as condenações, o ex-policial pode ficar até 75 anos preso.

Em fala à imprensa americana, o reverendo Al Sharpton, ativista dos direitos humanos, disse que o nome de Floyd ficará na história. "Colocaram o joelho no seu pescoço, mas agora não teremos mais joelhos nos nossos pescoços", disse. Ele também agradeceu a Deus e ao procurador-geral que, segundo o reverendo, "ouviu nossas preces" e "nos representou com toda habilidade".